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Militar reformado constrói o primeiro carro elétrico brasiliense

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O projeto do militar reformado Elifas Chaves Gurgel, 63 anos, morador da Asa Norte, é, ainda, “um laboratório sobre rodas”. O engenheiro de computação, apaixonado por eletrônica e mecânica, trabalha, agora, em um dispositivo para que o medidor de combustível do veículo adaptado indique com precisão a carga das baterias.

O Gol elétrico tem autonomia de 150km e gasta, para cada R$ 100 de gasolina, R$ 30 de eletricidade, abastecido em uma tomada caseira, com um fio de alimentação mais grosso, equivalente ao do chuveiro. Ele está feliz com os resultados. Mas a semente do projeto vai além de uma realização pessoal. “Os trabalhos começaram quando percebi que a pauta de meio ambiente ganhava espaço no Brasil e no mundo. Decidi fazer algo que me dá prazer e traz um ganho para a natureza”, explica. Nascido em Fortaleza, Elifas Chaves Gurgel formou-se em engenharia da computação no Rio de Janeiro e, posteriormente, radicou-se brasiliense.

Os trabalhos do projeto começaram em junho de 2008, com a compra do carro. Ele também fez um workshop de conversão de veículos nos Estados Unidos e, de lá para cá, o motor elétrico desenvolvido passou por diversos aprimoramentos. Ele explica, porém, que não precisou refazer nenhuma etapa. “Era muito caro. Eu tive ajuda do Banco do Nordeste, de uma linha de financiamento chamada

Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Eles ajudaram com R$ 50 mil e eu entrei com cerca de R$ 10 mil. Mesmo assim, o dinheiro era curto para o projeto. Tudo tinha que ser bem planejado”, ressalta.

Os R$ 60 mil citados referem-se aos custos do material e não incluem o preço do Gol, as horas de trabalho, o projeto de engenharia e tudo o que foi gasto com viagens e estudo. O idealizador espera que a fabricação barateie a produção e que mais pessoas se interessem pelo procedimento. Outra vantagem é que, nessas condições, novos avanços aconteceriam, otimizando os motores. Uma produção em massa seria, ainda, menos poluente que a usada hoje, e tornaria as tecnologias desenvolvidas pelo idealizador mais acessíveis.

Consciente disso, o engenheiro também trabalha pela difusão, fazendo palestras pelo Brasil. Ele desenvolveu ainda um curso de conversão de veículos. Interessados aprenderão a fazer a adaptação dos motores. “Um motor à explosão tem cerca de 200 partes móveis. Um elétrico tem três. Com isso, o aproveitamento de energia é bem maior. A perda é de 10%, enquanto nos motores à gasolina e a álcool, por exemplo, essa perda pode chegar a 70%”, compara.

 

Com informações do Correio Braziliense.

 

 

 

Jornalista

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