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Greves versão 2018: sindicatos preparam ofensiva contra Rollemberg

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Faltando 10 meses para o fim da gestão Rodrigo Rollemberg (PSB), o fantasma das greves e paralisações de servidores públicos volta a assombrar o Governo do Distrito Federal (GDF). No ano em que o governador disputará a reeleição e tentará permanecer por mais quatro no Palácio do Buriti, sindicatos de diversas categorias preparam uma ofensiva para cobrar reajustes e benefícios adiados desde o início do mandato do socialista, que sempre alegou falta de dinheiro e sanções da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Agora que o Executivo não está mais enquadrado no limite prudencial da LRF, os sindicatos vão cobrar a fatura.

Assistentes sociaispoliciais civisagentes socioeducativos e funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) já anunciaram que vão cruzar os braços nos próximos dias. Nesta terça-feira (20/2), servidores do Departamento de Trânsito do DF (Detran-DF) promovem paralisação de 24 horas e votam indicativo de greve.

“Nem precisamos atualizar a pauta de reivindicações. São as mesmas desde o primeiro dia desse governo”, desabafou a secretária-geral do sindicato da categoria, o Sindetran-DF, Patrícia Donato. De acordo com ela, nenhum dos compromissos assumidos pelo Executivo local no acordo que encerrou a greve de novembro de 2015 foi cumprido. “Nem mesmo os que não precisavam de orçamento”, criticou.

Também nesta terça, policiais civis discutem como será a paralisação da categoria. A suspensão das atividades já foi aprovada em assembleia anterior. De acordo com o Sinpol, entidade representante dos agentes, falta ainda definir a data em que os braços serão cruzados. A corporação reivindica equiparação com a Polícia Federal, a qual angariou reajuste de 37%, dividido em três parcelas. Já o Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do Distrito Federal (Sindepo-DF) convocou assembleia para a quarta-feira da próxima semana, dia 28 de fevereiro.

O Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural (Sindsasc) anunciou o início da greve para a próxima segunda-feira (26). “Nós teremos outra assembleia, apenas para a confirmação da greve”, informou o presidente do Sindsasc, Clayton Avelar, quem completou: “A não ser que haja alguma proposta por parte do GDF”.

Aumento na pauta de todos os sindicatos
A incorporação da última parcela do aumento aprovado em 2013 aos contracheques é unânime entre os sindicatos do funcionalismo local. As 32 categorias ligadas ao GDF foram prejudicadas, uma vez que os percentuais deveriam ter sido incorporados em 2015 – primeiro ano da gestão Rollemberg.

O presidente do Sindicato dos Servidores e Empregados da Administração Direta, Fundacional, das Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista do Distrito Federal (Sindser-DF), André Luiz da Conceição, reforça que a espera de mais de três anos pelo reajuste – o qual tem previsão legal – é o principal motivo de insatisfação do funcionalismo público. “Estamos em movimento permanente para cobrar, mas sem avanços no diálogo com o governo”, reclamou.

Dentro do Sindser-DF, o grupo mais insatisfeito é o dos funcionários da Novacap. Em assembleia nessa segunda-feira (19), os trabalhadores decidiram começar a greve no início de março. A principal pauta é o adiamento da correção salarial da categoria. Em 2015, os servidores pararam por 37 dias, suspendendo atividades como manutenção de jardins, poda de árvores e gramados, recuperação da pavimentação de vias e desobstrução de bocas de lobo.

Condições de trabalho
Para o presidente do Sindicato dos Servidores da Carreira Socioeducativa (Sindsse-DF), Walter Marques, o longo adiamento do pagamento do reajuste abriu espaço para pautas ainda mais urgentes. A categoria já votou indicativo de greve e pode cruzar os braços a qualquer momento.

Professores
Outra categoria que não esconde a insatisfação é a dos docentes. Os profissionais discutem, nas próximas semanas, o curso de ação. A primeira assembleia do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) será em 8 de março.

Em nota, o GDF informou que “não é possível arcar com novos reajustes sem uma nova fonte contínua de receitas”. Sobre o diálogo com as categorias disse que “conta com 32 mesas permanentes de negociação, que mantêm encontros periódicos com diversos sindicatos, sob condução da Subsecretaria de Relações do Trabalho e do Terceiro Setor da Casa Civil”.

 

Com informações da Agência Brasília.

 

 

Jornalista

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