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Taguatinga 65 anos: memórias de quem faz parte da história da cidade

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Conheça os relatos de pioneiros que acompanharam a evolução de umas das maiores e principais regiões administrativas do Distrito Federal, que comemora aniversário hoje e reúne o passado, o presente e o futuro da capital

Uma das mais tradicionais cidades do Distrito Federal comemora hoje 65 anos. Taguatinga, conhecida pela dimensão do comércio aquecido, surgiu antes mesmo de Brasília e foi criada com a finalidade de abrigar os trabalhadores que construíam a nova capital. Em 5 de junho de 1958 nascia o local, em terras do município de Luziânia de Goiás. Mas o reconhecimento oficial como região administrativa ocorreu em 1970. Com tantos anos e número de habitantes (250 mil, segundo o último levantamento do Instituto de Pesquisa e Estatística — IpedDF) o que não faltam são boas histórias e memórias da terra que está presente no imaginário de vários brasilienses.

Os primeiros loteamentos para moradias tiveram suas construções edificadas em madeira. Justo Magalhães, de 73 anos, chegou aos 9 a Taguatinga, e viu a região se transformar e crescer. “Eu vim de uma cidade no interior de Minas Gerais devido ao espírito aventureiro do meu pai, que estava fascinado com a construção da nova capital”, recorda. Na época, Taguatinga era chamada de Vila Matias. O pioneiro ressaltou que não se lembra mais das raízes mineiras e quer estar na cidade que viu crescer até o último dia de vida. “Eu não lembro mais de onde eu vim, eu só lembro de onde fiz minha história”, disse.

O tradicional pediatra de Taguatinga Wilson Marra, 73, tem o reconhecimento das famílias da cidade. Ele atende desde 1976 e, durante cerca de 50 anos, trabalhou cuidando das crianças da região, primeiramente no Hospital São Vicente de Paula e, depois, no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). O médico veio aos 14 anos de Unaí à procura de oportunidades de estudo. “Eu sou louco por Taguatinga, foi aqui que morei enquanto me formava em medicina, conheci minha esposa e tive meus três filhos. Eu cresci junto com a cidade, por isso essa ligação tão forte”, disse o pediatra.

Sueli Gonzalez chegou à cidade em 1962. Na época, ainda criança, aprendeu a cantar o hino da cidade e vários sotaques brasileiros por meio da vizinhança, que tinha pessoas de todos os estados do Brasil. “Tenho muitas lembranças boas. Eu brincava no córrego atrás do posto de saúde Sandu, enquanto minha mãe lavava roupas. Estudei na Escola Classe 22, frequentava a igreja São José e o Perpétuo Socorro. Fazia festa em casa e, mais tarde, comecei a frequentar o Cine Paraná, Chaparral, o Pizzaolo, o Clube Primavera. Comprava sapatos na sapataria Silva, joias na Relojoaria Rio, roupas na Loja Everest. Tive uma infância, uma adolescência feliz. Eu envelheci nesta cidade que me abrigou quando meus pais vieram para trabalhar na construção da nova capital”, destacou

Ivana Pires, 51, nasceu em Taguatinga, no Hospital São Vicente de Paula e, desde então, nunca se desgrudou da cidade. “Foi muito bom ser jovem em Taguatinga. Tinha uma turma de amigos e era muito divertido, sempre tinha algo para fazer, íamos muito ao Clube dos 200 e ao Clube Primavera. Posso dizer que fui muito feliz nessa cidade e tenho várias memórias boas” contou. Ivana também conheceu o marido em Taguatinga e, o único filho do casal, assim como a mãe, nasceu na cidade. “Foi espantoso ver a cidade se transformar. Eu era criança e Taguatinga terminava depois Praça do Bicalho e hoje é um mundo.”

O advogado Wílon Wander chegou a Taguatinga em 1960, na época, com 14 anos. Ele lembra que casas e comércios eram feitos de madeira. O pioneiro contou que a região administrativa foi essencial para a construção de Brasília. “Sem Taguatinga, Brasília não existiria. A cidade abrigou os operários e, além disso, foi um centro de comércio, principalmente de materiais de construção”, observa.

Nova geração

Com tantas histórias marcantes nesses 65 anos, Taguatinga tem a admiração daqueles que cresceram, moraram e criaram famílias, e ainda irá conquistar o coração de quem ainda não construiu memórias na cidade. Como Antônia Valéria, 25, que veio do Ceará há um ano com o marido e os três filhos: Vitória, Brian e Antônio. A ideia era passar uma temporada, mas, devido as facilidades que o lugar proporciona, ficou. “Virou uma segunda casa. Aqui tem mais oportunidade de escolas para eles e, hoje, todos estão estudando. Pretendo, aqui, ter uma nova vida”, projeta.

Com informações do portal Correio Braziliense

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Jornalista

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