Do Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comemorou a posse de Donald Trump. Impedido de ir aos Estados Unidos por decisão da Justiça, ele assistiu à cerimônia a distância e chorou. O momento foi registrado em vídeo por um dos filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), e publicado em nas redes sociais.
Para Bolsonaro, a vitória de Trump é um fio de esperança de que os ventos da política vão mudar para 2026. Ele deu os parabéns ao republicano por sua “posse histórica” e por seu “poderoso discurso”.
O ex-presidente também disse que não pôde ir à posse por causa da “brutal perseguição judicial” que supostamente enfrenta. “O retorno de Donald Trump à Casa Branca marca não apenas um triunfo do povo americano, mas também um sopro de esperança para o mundo, inclusive, para o nosso Brasil, hoje enfraquecido por um governo vacilante”, escreveu em seu perfil no X (antigo Twitter). Também deu os parabéns a Trump por lutar contra “ameaças” à liberdade de expressão.
Enquanto se desenrolava a cerimônia nos EUA, o ex-presidente também publicou um vídeo fazendo paralelos à sua situação política no Brasil. “Parabéns pela posse, presidente Trump! Para nós, 2026 é logo ali”. Mais cedo, durante a manhã, ele deu entrevista ao canal bolsonarista AuriVerde Brasil, em que comparou sua trajetória ao do presidente norte-americano.
“Há alguma semelhança entre a minha vida e a do Trump. Logicamente que ele é um bilionário. Eu sou uma pessoa normal que só passou a ter mais de R$ 1 milhão na minha conta depois daquela campanha do Pix, e eu agradeço até hoje que está me dando para pagar advogados, eu agradeço muito”, disse, referindo-se a uma “vaquinha” feita em 2023 que lhe rendeu mais de R$ 17 milhões em doações às vésperas da campanha eleitoral. O ex-presidente, no entanto, já tinha um patrimônio milionário. Declarou à Justiça Eleitoral, nas eleições de 2022 ter R$ 2,3 milhões em patrimônio, mesmo valor de 2018.
“Eu levei uma facada aqui no Brasil. O Trump levou um tiro nos Estados Unidos. Lá eles tiveram o 6 de janeiro (de 2021, quando apoiadores de Trump, incentivados por seu discurso extremista, invadiram o Capitólio e vandalizaram o lugar, causando cinco mortes), aqui nós tivemos o 8 de janeiro. Lá houve morte, aqui não teve. Então essas coisas nos unem”, continuou.
Bolsonaro também elogiou a política anti-imigração de Trump e disse que o presidente norte-americano não é contra imigrantes em geral, mas contra aqueles em situação ilegal. A retórica do novo presidente sobre o assunto foi uma tônica da campanha. Trump promete fazer deportações em massa de imigrantes ilegais, que chama de “pessoas horríveis” e às quais culpou pelos problemas econômicos dos Estados Unidos.
Ele foi impedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, na semana passada, de ir à posse de Trump. O magistrado e a Procuradoria-Geral da República (PGR), que emitiu um parecer sobre o tema, entenderam que o ex-presidente poderia fugir.
Com a negativa de Moraes, quem viajou a Washington foi a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Ela participou, juntamente com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e de sua esposa, Heloisa Bolsonaro, de um jantar de gala oferecido por Trump no domingo. O ex-presidente disse, no entanto, que Michelle não foi representá-lo. “Está lá o Eduardo, que me representa, na verdade é meu filho, confiança 100%. Está lá com a Michelle nos Estados Unidos, que obviamente não trata desses assuntos”, afirmou.
Bolsonaro disse, também, que a negativa de seu passaporte é “inacreditável” e criticou Moraes pela decisão. “A imprensa do mundo todo está divulgando que eu fui proibido de ir para lá (para a posse de Trump) por causa da decisão de um juiz. Um juiz que é o dono de tudo aqui no Brasil. É dono da sua liberdade, ele abre inquérito, ele te ouve, ouve o delator, ele é o promotor, é o julgador, ele encaminha seu juiz para participar de audiência de custódia. Tudo ele. Tira o teu passaporte. Eu não sou réu, pô. ‘Ah, pode fugir’. Eu posso fugir agora. Qualquer um pode fugir.”
O ex-presidente afirmou, ainda, que quer disputar as eleições de 2026. Questionou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível em 2023 e voltou a dizer que, se não for candidato, isso será um indicativo de o Brasil não terá mais democracia. “Eleição sem oposição não é democracia. Deixa o povo decidir. Alguns perguntam quem será meu sucessor em 2026 se eu não vier. Se eu não vier, é sinal de que não tem democracia”, disse Bolsonaro.
Com informações do Correio Braziliense
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