A praia de Copacabana será palco de mais um momento histórico com show de Lady Gaga neste sábado
As areias de Copacabana serão a maior pista de dança do mundo pop hoje. A cantora norte-americana Lady Gaga faz um show único e gratuito no ponto turístico do Rio de Janeiro e a expectativa é de que mais de 1,5 milhão de pessoas acompanhem a apresentação histórica da diva em solo carioca.
O show está previsto para às 21h45 deste sábado, com duração aproximada de duas horas e meia. O evento, no entanto, começa às 17h30 e terá dois Djs de abertura antes da entrada da cantora, um terceiro Dj se encarrega do after após a apresentação. O projeto é parte de uma iniciativa nova que parou o Brasil pela primeira vez em 2024. Intitulada Todo mundo no Rio, a ideia é trazer artistas de magnitude e movimentar a capital carioca. Madonna foi a escolhida para a primeira edição no ano passado e a expectativa é que a banda irlandesa U2 seja a atração para o ano que vem. Mais de 4 mil pessoas estão trabalhando diretamente no evento.
Essa é a segunda vez que Lady Gaga traz um show para o Brasil. A primeira foi em novembro de 2012 com apresentações no Rio e em São Paulo pela turnê do álbum Born this way, um dos mais aclamados da discografia da artista. Em 2017, ela seria uma das atrações principais do Rock in Rio, mas teve que cancelar a apresentação devido a crises de fibromialgia. “Brazil, i’m devastaded”, Brasil, estou devastada, em tradução literal para o português, abria o tweet que confirmava que não participaria do festival carioca. Ela foi substituída pela banda Maroon 5.
Para Copacabana, Gaga traz a turnê The mayhem ball, com um show dividido em quatro atos, majoritariamente, focados em Mayhem, último disco lançado pela cantora. Apresentado pela primeira vez no festival Coachella, na cidade californiana de Indio, o show é cheio de dançarinos, encenações e trocas de figurinos e representa a batalha interna entre Lady Gaga e Stefani Joanne Angelina Germanotta, nome de batismo da cantora. A artista reflete sobre a fama enquanto toca sucessos como Bad romance, Paparazzi, Judas, Poker face e hits mais novos como Abracadabra e Die with a smile.
A estrutura do palco é digna da magnitude do show. Com 1.260 m² e mega painel de com uma área total de 806,25 m², o palco é 50% maior que o da Madonna no ano passado. A expectativa de grande público também trouxe a decisão de instalar 16 telões de LED na praia nas torres de delay — cada telão tem 9 metros de altura – da frente do palco até a Rua Princesa Isabel.
Dessa forma, o Rio de Janeiro se prepara para ver a história sendo feita. Pessoas de todo o Brasil e até outros países estarão unidas formando um mar de fãs ansiosos para reencontrar uma das maiores estrelas pop da geração na praia mais famosa do país.
Brasília presente
Fãs da Lady Gaga desde os 10 anos de idade, e amigos desde os 3, Matheus Braga, 25, e Natália Faria, 26, terão a oportunidade de realizar hoje um sonho de infância. “Eu me lembro exatamente de como eu virei fã da Gaga. Minha prima, que na época tinha 15 anos, me deu de presente o álbum The fame e disse que eu ia gostar. De fato eu gostei, fiquei até meio obcecado”, lembra Matheus.
Foi ele o responsável por apresentar a cantora à melhor amiga Natália, que acabou se tornando fã da artista também. “Eu tenho memórias muito especiais da gente voltando andando do Candanguinho, onde a gente estudava em 2009, cantando Paparazzi. Então acho que esse show representa uma fase muito importante da nossa amizade também”, avalia o mestrando em economia.
“Imediatamente, aquele álbum ressoou muito com a gente, o que é meio engraçado, considerando nossa idade e total falta de vivência de festas e relacionamentos sobre os quais ela cantava”, ri Natália. “Mas acho que a identificação teve muito mais a ver com o sentido de liberdade e da autenticidade radical que ela colocava em toda a arte dela”, pontua a assessora jurídica.
“Enquanto pré-adolescentes que se sentiam mais ou menos desajustados no mundo, a Lady Gaga, tão assumidamente diferente e desviante, era uma grande referência”, afirma a jovem. Movidos pela paixão, os então pré-adolescentes chegaram a criar um fã-clube dedicado à artista.
Para Matheus, a apresentação será uma concretização de tudo que ele e a amiga vivem desde pequenos. “Nos conhecemos há mais de 20 anos e, nesse meio tempo, a gente compartilhou muita coisa que girava em torno da Lady Gaga, então acho que será muito simbólico e importante para nós dois”, diz o brasiliense.
Essa, no entanto, não é a primeira vez em que os dois viajam ao Rio de Janeiro movidos pela paixão pela cantora. Em 2017, Gaga seria a atração principal do Rock in Rio, mas cancelou o show no dia da apresentação por motivos de saúde. O bordão “Ela não vem mais”, inclusive, ficou conhecido no país inteiro devido a um vídeo viral do anúncio do cancelamento.
“A gente não tinha tanta idade para conseguir absorver essa notícia de uma forma mais tranquila, então ficamos dentro de casa, ouvindo a discografia dela e bebendo, aos prantos. Foi bem traumático. No momento, eu estava esperando ela no aeroporto, enquanto a Natália estava no hotel”, conta Matheus.
Devido ao episódio, a notícia da apresentação em Copacabana foi recebida com ceticismo pela dupla. “Em algum lugar, ainda é muito difícil de imaginar que isso vai acontecer, porque faz muito tempo, cerca de 15 anos, que a gente espera por isso. Da última vez que ela veio, a gente era muito pequeno, não podíamos ir desacompanhados dos nossos pais ao show, então acho que agora a gente acaba tendo uma redenção”, opina. A única passagem da cantora pelo Brasil foi em 2012, com a turnê Born this way ball.
“Poder viver essa oportunidade de novo tem uma nostalgia que me leva lá para o meu eu de 10 anos, que assistia aos clipes dela repetidamente, chocado com tudo de novo que ela trazia. São memórias que são difíceis de racionalizar, até porque a relação que eu tenho com ela é de admiração muito profunda. Ela foi muito importante na minha formação, sobretudo enquanto homem gay, para o meu direcionamento, minha visão de mundo e minha própria auto aceitação”, aponta Matheus.
Professor de língua portuguesa e inglesa, Leonardo Matos, 40, também destaca a importância de Lady Gaga para a comunidade LGBTQIAPN . “Ela fez parte de uma segunda onda da música pop em que as cantoras começaram a abraçar a bandeira LGBT, e muitos dos gays se sentiram representados pelas falas, pautas, músicas e arte delas, em especial da Lady Gaga, que, logo depois, declarou apoio à comunidade e incluiu essa pauta em seus shows e seus trabalhos”, detalha. “Ela se tornou uma grande inspiração e referência para nós, LGBTs”, pontua.
Assim como Matheus e Natália, Leonardo foi um dos milhares de fãs que foram surpreendidos com o cancelamento do show de Gaga no Rock in Rio. “Eu estava a caminho do festival quando eu recebi a notícia que não teria o show. Então, sempre ficou aquele gostinho, aquela vontade de tê-la aqui, de ver um show ao vivo e verificar toda a capacidade cênica e artística dela”, relata o professor.
“Agora, estou novamente me desdobrando e fazendo o possível para poder participar desse momento histórico que será o show”, declara o professor. Leonardo vai de Brasília ao Rio de Janeiro de carro, por conta do aumento do valor das passagens devido à grande procura. “Fãs da América Latina e de outros continentes estão vindo para Copacabana. Então estamos na expectativa de um espetáculo inesquecível e marcante, e que tire um pouco daquele sentimento de frustração de 2017”, torce.
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