DF teve índice positivo de 6,4% na comercialização de moradias novas em março, mesmo com a taxa de juros em alta. Para o presidente da Ademi, Roberto Botelho, investir em habitação é a opção mais segura e estável do mercado
O mercado imobiliário do Distrito Federal manteve o ritmo de comercialização de imóveis novos em março. Dados do Índice de Velocidade de Vendas (IVV) mostram que 322 unidades foram negociadas no mês, resultando em um índice de 6,4% — desempenho considerado positivo, mesmo com a taxa Selic fixada em 14,25%. A taxa básica de juros da economia brasileira influencia diretamente o custo dos financiamentos: quanto mais alta, mais caro fica comprar um imóvel a prazo. Ainda assim, a procura se manteve.
A pesquisa do IVV é feita mensalmente pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF) e pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), com execução do Opinião Informação Estratégica e apoio do Sebrae DF. O índice mede a velocidade de vendas de imóveis residenciais verticais novos no DF e é considerado um termômetro da saúde do mercado. Quando o índice ultrapassa 2%, indica um mercado em crescimento.
Para o presidente da Ademi-DF, Roberto Botelho, o mercado imobiliário do Distrito Federal vive um processo de ajuste natural, com a expectativa de que os lançamentos mais robustos se concentrem no segundo semestre de 2025. Ele explica que, apesar do ambiente de juros altos, o ritmo das vendas permanece estável porque o imóvel continua sendo o investimento mais seguro e estável disponível no mercado.
“Muito se fala em ações, ouro ou dólar, mas cerca de 50% dos recursos aplicados no mundo estão alocados em imóveis. Por isso, mesmo com a Selic elevada, o impacto no setor não é tão forte”, afirma. E completa: “O IVV de março demonstra a continuidade da demanda e a confiança do consumidor na realização do sonho da casa própria.”
Moradia popular
De acordo com o vice-presidente da Indústria Imobiliária do Sinduscon-DF, João Carlos de Siqueira Lopes, o bom desempenho foi impulsionado pelo segmento econômico — imóveis de até R$ 350 mil — que apresentou índice de vendas acima de 14%.
Lopes atribui parte desse resultado ao programa Passaporte Moradia, implementado pelo Governo do Distrito Federal (GDF), que concede um subsídio de R$ 15 mil para aquisição de imóveis por famílias que se enquadram nos critérios. “O atendimento à baixa renda coloca o DF no rumo certo, da moradia digna e de um crescimento de mercado mais socialmente sustentável”, avalia.
Para ele, o benefício amplia o poder de compra da população de menor renda e incentiva os empreendedores a lançarem mais unidades dentro desse perfil, contribuindo para a redução do deficit habitacional na capital. “O comprador paga R$ 15 mil a menos e o empreendedor recebe esse valor, o que torna o negócio viável para ambos”, explica.
Juros
Mesmo em um cenário de juros elevados, o vice-presidente reforça que o segmento econômico é menos impactado por contar com taxas de juros reduzidas. O verdadeiro desafio, segundo ele, está em garantir que os custos totais do empreendimento se encaixem nos parâmetros exigidos pelos programas habitacionais.
Com demanda elevada e velocidade de vendas favorável, os empreendimentos para baixa renda seguem atraindo o interesse das construtoras, o que ajuda a manter a vitalidade do mercado e amplia o acesso à moradia digna para camadas mais vulneráveis da população. “O desafio dos empreendedores é viabilizar taxas de financiamento para que a produção se enquadre na realidade de custo total do empreendimento”, explica.
As regiões com maior volume de vendas em março foram o Noroeste, com 53 unidades comercializadas; Planaltina, com 47; e Ceilândia, com 37. A pesquisa também demonstrou que 91% dos imóveis vendidos estão atualmente em fase de construção.
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