Expectativa é de que o pontífece siga a pauta ambiental do seu antecessor, Francisco. Ele já havia afirmado que a humanidade deve ter uma relação de reciprocidade com o meio ambiente
A agenda ambiental do papa Francisco deverá ser continuada por Leão XIV, que já se manifestou diversas vezes sobre o tema. Em novembro de 2024, quando ainda era cardeal, disse em um seminário, em Roma, que passou da hora de palavras serem transformadas em ação no enfrentamento da crise climática, com base na Doutrina Social da Igreja. Ele também usou as redes sociais para criticar o presidente norte-americano Donald Trump por sua postura negacionista em relação ao aquecimento global.
A escolha de Robert Prevost como chefe da Igreja Católica agradou ambientalistas e especialistas em mudanças climáticas. “A eleição do papa Leão XIV é uma excelente notícia em um momento difícil para o debate climático, especialmente com o avanço do negacionismo e as medidas extremas contra o clima vindas dos Estados Unidos”, diz Manuel Pulgar Vidal, líder de clima e energia da WWF.
Vidal acredita que, por ter sido muito próximo a Francisco, Leão XIV continuará a filosofia da Laudato Si’, um documento publicado por Jorge Mario Bergoglio às vésperas da Conferência do Clima de 2015. Pela primeira vez, um pontífice dedicou uma encíclica ao meio ambiente, tratando as relações entre Deus, os seres humanos e a Terra. Francisco chamava o planeta de “Casa Comum”, para a qual pedia os cuidados dos fiéis e de governantes.
Descontrole
Como cardeal, Prevost também fez alerta contra as “consequências do desenvolvimento tecnológico descontrolado”, enquanto reiterou o compromisso da Igreja em proteger o meio ambiente por meio de ações como os painéis solares instalados no Vaticano ou a adoção, no pequeno Estado, de veículos elétricos. Citado pelo portal Vatican News, Leão XIV afirmou que “o domínico sobre a natureza, tarefa que Deus encomendou à humanidade, não deve se converter em tirania, mas ser uma relação de reciprocidade com o meio ambiente”.
Em nota, a diretora-executiva da COP30, a conferência do clima que acontecerá no Brasil, em novembro, Ana Toni, comemorou a eleição de Leão XIV. “É extremamente encorajador saber que o novo papa parece alinhar-se de perto com o papa Francisco no que diz respeito às mudanças climáticas”, escreveu Toni, que também é secretária nacional de Mudanças do Clima. “A Presidência da COP30 espera poder recebê-lo em Belém, em novembro, para que possamos alcançar um acordo climático que represente um ponto de virada na criação de um futuro mais próspero, seguro, justo e sustentável.”
Embora ainda não tenha se manifestado sobre questões ambientais como papa, a biografia de Leão XIV publicada no Relatório do Colégio de Cardeais afirma que o pontífice “está muito próximo da visão de Francisco em relação ao meio ambiente, à aproximação com os pobres e migrantes e ao encontro das pessoas onde elas estão”. Líder comunitário peruano que atua em ações climáticas, Ronald Moreno afirmou, em um comunicado, que a liderança de Prevost “nos inspira a continuar lutando por justiça e pelo cuidado com a nossa Casa Comum”.
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