Estatal teve déficit de R$ 2,6 bilhões em 2024 e liderou o ranking de prejuízos entre empresas federais; medidas incluem Programa de Desligamento Voluntário (PDV), férias suspensas e retorno ao trabalho presencial
Em meio a uma crise financeira, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos anunciou nesta segunda-feira (12/5) um conjunto de sete medidas voltadas à contenção de despesas. As ações fazem parte de um plano emergencial após o balanço de 2024 revelar um prejuízo de R$ 2,6 bilhões.
Sob a presidência de Fabiano Silva dos Santos, a estatal busca reequilibrar as contas com ações que vão desde programas de desligamento voluntário até mudanças no regime de trabalho. Segundo a direção, o objetivo é “otimizar processos, aumentar eficiência e reforçar a capacidade de investimento da empresa”.
Entre as medidas anunciadas, está a prorrogação das inscrições para o Programa de Desligamento Voluntário (PDV) até 18 de maio, mantendo os critérios atuais. Também será incentivada a redução da jornada de trabalho para empregados em unidades administrativas, com carga horária reduzida para 6 horas diárias e 34 semanais, com remuneração proporcional.
Outra frente do plano é a realocação temporária de carteiros e atendentes comerciais para centros de tratamento, com pagamento do adicional de atividade mais vantajoso. A medida busca reforçar áreas estratégicas da operação sem necessidade de novas contratações.
Um dos pontos mais sensíveis envolve a suspensão temporária da fruição de férias, válida a partir de 1º de junho de 2025 para o período aquisitivo deste ano. Os trabalhadores só poderão gozar o benefício a partir de janeiro de 2026.
Além disso, a sede da estatal passará por uma reestruturação com corte mínimo de 20% no orçamento de funções, e todos os empregados deverão retornar ao regime de trabalho presencial a partir de 23 de junho, salvo em casos protegidos por decisões judiciais.
Por fim, a empresa também promete lançar novos formatos de planos de saúde, com redes credenciadas discutidas com representantes sindicais. A economia estimada nessa frente é de 30%.
Desafios persistentes
A estatal enfrenta há anos desafios relacionados à sua sustentabilidade financeira. A concorrência com empresas privadas de logística e a necessidade de modernização tecnológica têm pressionado os custos operacionais e diminuído a competitividade dos Correios, que continuam sendo responsáveis por uma das maiores redes de distribuição postal do país.
A divulgação dos resultados financeiros de 2024 ocorre em meio a discussões no governo federal sobre a reestruturação das estatais e possíveis mudanças na política de gestão da empresa, cuja missão social ainda é considerada estratégica, especialmente em regiões onde operadores privados não atuam.
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