A empresária e influenciadora Virginia Fonseca chegou acompanhada do marido, Zé Felipe, ao Senado Federal para depor na CPI das Bets
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga apostas on-line, conhecida como CPI das Bets, toma nesta terça-feira (13/5) o depoimento da empresária e influenciadora Virginia Fonseca, que está falando como testemunha e abriu mão do direito ao silêncio no início da sessão. O colegiado busca compreender a influência de personalidades da internet na promoção de apostas e jogos de azar.
O depoimento começou ameno, masi, em pouco mais de uma hora, começou a ficar tenso e, cobrada por promover as bets, Virginia rebateu: “Se realmente faz tão mal para a população, proíbe tudo. Por que está regulamentando?”.
A CPI começou por volta das 11h20. Virginia fez um resumo rápido do perfil dela e disse: “Deus abençoe a nossa audiência”. A sessão começou sob tensão e teve bate-boca quando o senador Cleitinho (Republicanos-MG) confessou ser fã dela e pediu uma selfie.
Veja ao vivo:
O pedido de convocação da influenciadora foi feito pela relatora da CPI das Bets, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). A comissão aprovou o requerimento em dezembro do ano passado.
Logo no início, o senador Izalci Lucas (PL-DF) questionou Virginia sobre os riscos associados aos jogos de apostas e influenciadores. “Quando posto, sempre deixo muito claro que é um jogo, que pode ganhar ou pode perder. Que menor de 18 anos é proibido na plataforma, que deve jogar com responsabilidade”, respondeu a influenciadora.
“Nunca falei que era para fazer o dinheiro da vida dela, nunca falei isso”, reforçou.
Virginia poderia ficar em silêncio depois de conseguir o benefício no Supremo Tribunal Federal (STF). Porém, o silêncio só é permitido em questões que ela julgar que possam incriminá-la.
De acordo com a decisão do ministro Gilmar Mendes, além de ficar em silêncio, a influenciadora será assistida por advogado durante todo o depoimento e deverá “ser inquirida com dignidade”, vedada sua submissão a constrangimentos, em especial ameaças de prisão ou de processo, caso exerça os direitos explicitados.
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