‘Não basta apenas apresentar projetos, também temos que fiscalizar os que já existem’, afirma o distrital Max Maciel
Eleito com mais de 35 mil votos, ficando assim em terceiro lugar no ranking dos deputados mais votados na última eleição para a Câmara Distrital do Distrito Federal (CLDF), o deputado distrital Max Maciel (Psol) disse, em entrevista à nossa reportagem, que seu mandato terá o papel de elaborar projetos de lei, mas também terá foco no acompanhamento da implementação de políticas públicas oriundas do governo local.
“O que nós percebemos é que todos os equipamentos públicos culturais estão abandonados, por exemplo. Por isso, não basta apenas apresentar projetos, nós temos que também fiscalizar os que já existem. Temos muitos projetos de leis, mas poucos são eficientes e se quer são implementados”, afirma. “Nós estamos buscando uma renovação, mas com responsabilidade e também com muita garra”, completa Maciel.
O deputado, que tem sua base eleitoral na cidade com maior população do DF, Ceilândia, é formado em pedagogia e possui especialização em gestão de política pública. Iniciou na política ainda jovem e com isso teve a experiência de ser membro do Conselho Nacional de Juventude, um dos formuladores do Plano Nacional de Juventude, e ainda fez parte do grupo que elaborou as diretrizes de Política de Atenção Integral à Saúde do Adolescente e do Jovem.
Esse contato com a política logo na juventude, diz o distrital, fez com que ele percebesse rápido que para mudar a realidade social era preciso ser “militante político” ou não caso contrário ele não “teria voz para tentar mudar as coisas”.
“Nosso mandato é o acúmulo de uma construção feita pela juventude em nosso território. São 20 anos de trabalho. Nós não somos de nenhum grupo corporativo, nós não representamos nenhuma base sindical, nós somos exatamente uma grande parcela da juventude periférica que acreditou em nosso projeto”, diz Maciel.
O distrital, como deixou explícito, mesmo sendo de Ceilândia e tendo grande representação no meio da juventude local, principalmente, a juventude das regiões com menos investimento público, seu mandato é amplo e abrange todas as cidades do DF. Por isso, ele e sua equipe já tiveram visitando pontos culturais nas cidades de Taguatinga, Guará, Samambaia e outras. “Queremos levantar todo equipamento cultural que existe na periferia do DF e saber sua real situação”, garante.
Ainda sobre seu mandato, Maciel diz que além de possuir um caráter popular, ou seja, será literalmente aberto à comunidade que queira conversar com ele em seu gabinete na CLDF, sua postura enquanto parlamentar será, logo no início, lutar pela retomada de um projeto de lei que transforma as emendas parlamentares em emendas impositivas, como ocorre no âmbito federal, onde as emendas destinadas precisam ser obrigatoriamente cumpridas. “Hoje em dia você coloca uma emenda aqui e não tem garantia que a Secretaria executa, isso não pode acontecer. Se é uma emenda destinada, ela tem que ser impositiva para que ela seja executada”, diz.
O distrital falou ainda sobre a implantação da prática do orçamento participativo que seu mandato também irá empregar para ouvir as reais demandas da população, e assim, encaminhar para a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) aquilo que é mais urgente para a população. “Temos as prioridades, mas vamos exercer a partir de março até abril, nós vamos rodar quatro cidades prioritárias apresentando o nosso orçamento participativo para que as propostas apresentadas sejam incluídas, em junho, na LDO”, afirma Maciel.
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