Sociedade

Moradores de Sol Nascente reclamam da dificuldade de serem atendidos no Cras e Creas da região

By Jeová Rodrigues | 1 de abril de 2020 0 Comments

Em meio à crise provocada pela pandemia de coronavírus, moradores da região administrativa de Sol Nascente estão tendo dificuldades para acessar os serviços dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras). De acordo com apurações feitas pela nossa reportagem, todas as unidades de atendimento se encontram fechadas. No P Sul, por exemplo, uma moradora foi informada pelo segurança da unidade que o único serviço presencial que está acontecendo é o auxílio por morte.

O Governo do Distrito Federal (GDF), na semana passada, mudou a rotina de trabalho tanto das unidades do Cras quanto do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). A medida foi tomada por orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) a fim de evitar aglomerações, capazes de disseminar o novo coronavírus.

“A maneira de trabalho foi repensada para minimizar, ao máximo, os transtornos para o cidadão. Servidores de unidades voltadas prioritariamente para atendimento em grupos foram realocados para reforçar o teleatendimento”, disse na ocasião da mudança, a secretária-adjunta de Desenvolvimento Social do DF, Valéria Rocha.

Porém, o que nossa reportagem apurou foi que ao invés de facilitar a vida do cidadão, o teleatendimento tem deixado famílias desassistidas de inúmeros serviços, como atividades de convivência ou atendimento em grupo, visitas domiciliares e atendimentos relacionados ao Cadastro Único para Programas Sociais (preenchimento, atualização, Programa Bolsa Família, DF sem Miséria, Bolsa Alfa e Benefício de Prestação Continuada), entre outros.

Os moradores também reclamam que mesmo pelo telefone não há atendimento, uma vez que as linhas se encontram sempre ocupadas. Outro problema que os moradores devem encontrar é na forma de fazer a ligação, como se tratam de telefones de serviço, as chamadas são cobradas, ou seja, as famílias de baixa renda que não possuem telefones e muito menos crédito para ligações, estão desamparadas neste momento.

Nós entramos em contato com o GDF sobre as linhas estarem ocupadas e se há possibilidade de implantação de algum canal de comunicação gratuito para o atendimento nas unidades.

Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social, o teleatendimento ocorre normalmente nas duas unidades (Ceilândia Sul e Ceilândia Norte) do Cras. São cerca de 150 teleatendimentos diariamente nas unidades. “O principal reforço foi humano. Foram agregados ao serviço as equipes dos Creas e Centros de Convivência da região.” A pasta informa ainda que quem não tem condições de entrar em contato, a sugestão é levar a situação ao conhecimento da unidade informando algum número de contato para que as equipes liguem posteriormente para o cidadão.

Confira os telefones para o teleatendimento: