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Saiba quem são os brasilienses nas finais da Superliga de Vôlei

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Central do Osasco, Geovana Vitória é a representante do DF na decisão desta quinta-feira (1º/5) contra o Sesi Bauru. Witallo e Davy são os pilares do Vôlei Renata no duelo derradeiro de domingo contra o Sada Cruzeiro do conterrâneo Matheus

Embora não tenha times nas finais feminina e masculina da Superliga de Vôlei, o Distrito Federal entra em cena nas partidas desta quinta-feira (1º/5) e deste domingo (4/5) com quatro personagens vinculados ao quadradinho.

Das quatro equipes candidatas aos títulos, somente o Sesi Bauru não conta com mão de obra brasiliense. O time do interior paulista é adversário do Osasco na decisão entre as mulheres, nesta quinta, às 15h45. A companhia da Grande São Paulo conta com o talento de Geovana Vitória, central de 24 anos. 

A brasiliense de 1,88m de altura está na segunda temporada de Osasco e disputa pela primeira vez a final da Superliga. Nesta temporada, Geovana ajudou na campanha paulista de terceiro lugar na fase de classificação, com 15 vitórias em 22 jogos. Ela iniciou a trajetória no voleibol em 2014. Participou de peneiras durante a carreira. A primeira, para integrar as categorias de base do Brasília. Não apenas foi aprovada, como se tornou figurinha nas seleções do Distrito Federal. A central também passou pelo time de Candangolândia.

No fim de 2016, decidiu romper as fronteiras da capital para realizar o sonho de se tornar profissional. Foi aprovada nas seletivas de Sesi Leopoldina e Barueri. Optou pelo projeto tocado pela equipe da Grande São Paulo, tocado pelo técnico do Brasil, Zé Roberto Guimarães. Lá, ficou por três temporadas até retornar ao Brasília a Superliga B. Comemorou a campanha de acesso, mas sem festa devido à pandemia. Depois, teve passagem pelo Blumenau-SC, até ser chamada para o Osasco. 

“Estar em uma final de Superliga é uma emoção difícil de descrever. É o resultado de muito esforço, dedicação e entrega, dia após dia. A gente passa por tantas coisas durante a temporada. Chegar até aqui mostra que tudo valeu a pena. Dá um frio na barriga, sim, mas, ao mesmo tempo, é um sentimento de muita gratidão a Deus, à minha equipe e a todos que me apoiaram até aqui. Estou focada, com o coração cheio de fé e pronta para dar o meu melhor. Quero aproveitar cada segundo desse momento tão especial”, celebra Geovana.

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No mata-mata, o Osasco despachou o Sesc-Flamengo, comandado por Bernardinho, e hexacampeão Minas. A dobradinha paulista na final feminina é uma quebra de paradigma. É a primeira vez em seis anos que o campeonato não será decidido entre a companhia de Belo Horizonte e o Praia Clube, de Uberlândia (MG). 

Esta é a quarta edição feminina desde o início da Era Superliga, em 1994, decidida por equipes paulistas. Em 1994/1995 e 1995/1996, Sorocaba x Osasco entraram em ação. Na temporada 1996/1997, o troféu foi disputado por Jundiaí e São Caetano. Hoje, será a décima final entre equipes do mesmo estado.

Masculino

A final masculina tem brasilienses nos dois times. Vice-campeão na temporada passada, o Vôlei Renata-Campinas tem à disposição os talentos do central Witallo e o oposto Davy. Davy tem 28 anos e foi criado no Recanto das Emas. Lá, teve o primeiro contato com o vôlei por meio de um Centro de Iniciação Desportiva (CID). Aos 15 anos, mudou-se para Ceilândia, onde a mãe mora até hoje. 

“Para um menino que começou em um CID, no Recanto das Emas, estar na final de uma Superliga pela primeira vez é a realização de um sonho. Tive meu primeiro contato com o esporte no CEF 113. Dali, conheci o mundo. Por isso, sei como esses projetos de iniciação são importantes para as comunidades, especialmente, as mais carentes, podem ser transformadores. Sou a prova disso”, destaca o oposto de 1,99m. 

“Lamento que esses espaços estão cada vez mais raros e que muitos jovens perdem a oportunidade de se desenvolverem. Por isso, retornar ao Brasil, depois de quatro anos fora, e já disputar a final é tão especial. Uma oportunidade única na carreira, que coroa a temporada inesquecível que fizemos em Campinas. Tenho um título na Alemanha e ter possibilidade de vencer no Brasil com minha mãe presente no ginásio será marcante”, celebra. 

No DF, Davy passou por Apcef e Upis. Depois, rodou por Minas, Uberlândia/Gabarito e Fiat/Minas. Acumula experiência internacional pelo Berlin Recycling Volleys, da Alemanha, Nantes Rezé Métropole, da França, e Al Faisaly, da Arábia Saudita.

As origens de Witallo remetem ao Gama. O gigante de 2,06m de altura tem 21 anos e está no Vôlei Renata-Campinas desde 2022. Antes, rodou pelos times catarinenses Elase- e Aprov/Chapecó. Pelo time do oeste de Santa Catarina, faturou a Superliga C e, hoje, tem a chance de faturar o título da elite. O central está na segunda final de Superliga, no segundo ano como adulto. 

“Isso demonstra que estou no caminho certo, que o esforço, a dedicação em cada treino estão dando resultado. É muito gratificante vivenciar tudo isso. Também comecei em um CID, na região do Cruzeiro, com o professor Adiel, logo fui chamado para a base do Brasília Vôlei, onde iniciei nas categorias de base, com o professor Edson. Sem esse processo de iniciação, sem os professores que tive, dificilmente chegaria aqui, especialmente, nesse jogo, que é o que todo atleta gosta de jogar”, compartilha o nono bloqueador mais eficiente da liga.

Davy e Witallo terão a concorrência de um personagem que carrega o nome da cidade por onde vai. Matheus Brasília é um dos pilares da campanha finalista do Sada Cruzeiro. A companhia de Minas Gerais está na terceira final em quatro anos e, no domingo (4/5), tem a possibilidade de ampliar de oito para nove o número de troféus na galeria.

Brasília é um levantador de 1,84m de altura e está na primeira temporada em Belo Horizonte. Antes, defendia o São José, clube que o alavancou ao status de melhor levantador da Superliga em 2022/203. Apear do pouco tempo de Sada Cruzeiro, é pé quente. Ou melhor, mãos quentes. Soltou o grito de campeão no Campeonato Mineiro, Supercopa, Sul-Americano e Mundial. Agora, na primeira final de Superliga da carreira, não espera desfecho diferente. 

Medalhista de ouro com a Seleção Brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, Brasília iniciou a trajetória por meio do Instituto Amigos do Vôlei, das ex-jogadoras Leila Barros e Ricarda Lima, no Ginásio Serejinho, em Taguatinga. Dezesseis anos depois, o jogador de colhe os frutos. “De seis campeonatos que disputamos, é a nossa quinta final. É gratificante, ainda mais sendo a minha primeira, no meu primeiro no projeto Sada Cruzeiro. Todos esses requisitos tornam a final especial”, comenta. 

A decisão no Ginásio do Ibirapuera também reserva um duelo particular com o colega de posição e figura do álbum da Seleção em cinco Jogos Olímpicos, Bruninho. “É um levantador referência, cresci assistindo-o jogar. Durante boa parte da minha carreira, foi um espelho, um levantador que me motivou a ser melhor e a buscar grandes decisões. Fico feliz. Trabalhos juntos na Seleção Brasileira, aprendi com ele”, destaca. 

O duelo pode reservar uma passagem de bastão. Após a frustração nos Jogos de Paris-2024, com eliminação nas quartas de final, Bruninho reitera que o ciclo dele com a camisa verde-amarela chegou ao fim. “Com todo respeito, mas, nesta batalha, quero me sobressair. A projeção para a sequência do ciclo com a Seleção é consequência do trabalho desenvolvido no clube durante a temporada. As expectativas são boas. O próprio Bruno deu indícios que o ciclo dele junto à Seleção foi finalizado. Abriu uma vaga e vou batalhar para estar lá. É um dos objetivos de carreira que sempre busquei”, ressalta Brasília. 

Sada Cruzeiro e Campinas voltam a se encontrar em uma final depois de nove anos. Mineiros e paulistas protagonizaram a decisão pelo troféu na temporada 2015/2016. Naquela edição, a equipe celeste comemorou o título. 

Programe-se 

Final da Superliga Feminina (jogo único)
Osasco x Sesi Bauru
Quando: Quinta-feira (1º/5)
Horário: 15h45
Transmissão: Globo e SporTV2

Final Superliga Masculina (jogo único)
Sada Cruzeiro x Vôlei Renata
Quando: Domingo (4/5)
Horário: 10h
Transmissão: Globo e SporTV2

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Escrito por
Jeová Rodrigues

Jornalista

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