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Botafoguense ignora trauma da Vila Belmiro e vibra com coincidência

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Bernardo conhece a dor e a delícia de ser um escolhido

As alegrias e as tristezas do futebol nunca são definitivas. Assim, exatamente dez anos separam o segundo rebaixamento do Botafogo para a Série B do dia em que o capitão Marlon Freitas levantou a sonhada taça da Copa Libertadores da América. Natural de Santos e acostumado a acompanhar os jogos do Mais Tradicional em São Paulo, Bernardo Claro teve o privilégio de acompanhar toda a linha do tempo. Em uma década, presenciou, in loco, a queda para a Segundona e o título do torneio internacional. Da Vila Belmiro ao Monumental de Núñez. Neste domingo (1), às 16h, o Glorioso retorna ao ponto de partida desta saga para visitar o Santos, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Com apenas 16 anos, Bernardo, no mesmo palco do encontro deste fim de semana, acompanhou a derrota para o Peixe por 2 a 0, na última rodada daquele Campeonato Brasileiro, em 30/11/2014. Comunicador e profissional de Marketing, o torcedor alvinegro, no entanto, não deixou, naquela mesma tarde, o trauma crescer. Poderia reforçar o lado pessimista, algo historicamente ligado aos botafoguenses, e optou por outro caminho: não desistir do clube pelo qual é apaixonado, mesmo com os dias ruins.

“Edson Viana, repórter da TV Globo, veio na minha direção e perguntou o que estava sentindo. Apesar do nó na garganta, não quis passar nenhuma mensagem negativa. Era o desejo de coisas positivas acontecerem de curto a médio prazo. Pouquíssimas lembranças daquele dia. Nossa mente tenta apagar os traumas que a gente vive. Aquele ano começou cheio de esperança. Afinal, o Botafogo estava de volta à Libertadores. Foi a primeira temporada que vi o Botafogo na Libertadores”, declarou, em contato com a equipe de reportagem do Jogada10, Bernardo Claro.

Trauma da queda não abala torcedor alvinegro

As frustrações também moldam o caráter de um frequentador das tribunas. Bernardo voltou outras vezes no estádio do Santos, como tentará ir no domingo. De longe ou no Pacaembu, Morumbis, Allianz Parque, Neo Química Arena ou na própria Vila Belmiro, viu o Botafogo passar outros apertos em longos períodos de vacas magras antes da chegada da SAF, em março de 2022. Foram, aliás, apenas felicidades pontuais, como o título carioca de 2018. O sofrimento era regra.

“A Vila Belmiro, em si, nunca foi um problema para mim. Segui frequentando os estádios. Não mudou nada. Me incomodava, porém, o início da sequência de elencos abaixo da crítica do Botafogo. Vi alguns times bem piores do que o de 2014. Mas, naquele ano, aquela equipe era a primeira que olhava para o campo e sabia que não tinha condições de ganhar as partidas”, pontuou o torcedor alvinegro, hoje com 26 anos, ao J10.

Monumental vinga, enfim, o desastre na Vila

Ao completar dez anos daquela última rodada do Brasileirão, Bernardo estava na arquibancada do Monumental de Núñez, na final da Copa Libertadores, contra o Atlético Mineiro, em 30 de novembro de 2024. No místico estádio de Buenos Aires, viu Luiz Henrique, Telles e Júnior Santos cravarem o 3 a 1 que representou, com um jogador a menos, a maior conquista da história do Glorioso. É clichê. Mas um filme passou à frente do jovem escolhido.

“Desta vez, sim, me lembro de cada detalhe. Emoção do início ao fim, desde a entrada dos jogadores, após o show de apresentação da decisão. Ver uma final de Copa Libertadores sempre foi impensável. Não imaginávamos. Decidi, então, aproveitar cada segundo deste sonho. Da surpresa pela expulsão do Gregore até o gol do Júnior Santos. Há dez anos, dava uma entrevista falando sobre um rebaixamento. No mesmo dia. É um título com um significado muito forte”, recordou.

É tempo de Botafogo. Em outra realidade, Bernardo ainda pode viver outros grandes momentos e coincidências.

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Jeová Rodrigues

Jornalista

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