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Úrsula Corona é 1ª apresentadora brasileira na tevê de Portugal

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Carioca está à frente de “O mapa”, programa que estreia pela Globo Internacional. Entre Portugal e Brasil, Úrsula Corona celebra o retorno à emissora que a revelou ainda criança — como atriz no país natal e apresentadora na nação que a adotou

O tempo parece ter conspirado a favor de Úrsula Corona. Atriz, apresentadora e empreendedora social, ela retorna à TV Globo com a maturidade de quem soube, ao longo de 35 anos de carreira, reinventar-se sem jamais perder a essência. A volta acontece em grande estilo, não apenas com uma participação especial na novela Garota do momento, atual produção das 18h da emissora, mas também comandando O mapa, programa que exibe um olhar inédito e sensível sobre Portugal, país que acolheu e transformou a artista nos últimos anos.

Na nova atração da Globo Internacional, Úrsula conduz os espectadores por quatro episódios que percorrem o norte de Portugal como quem abre um livro antigo: página a página, revelando segredos, afetos, histórias e sabores escondidos fora das rotas convencionais. “O mapa é muito mais que um programa de viagens. É um mergulho na cultura através da experiência, da escuta e da conexão verdadeira com as pessoas. Quem me guia em cada destino são os moradores locais — eles são os verdadeiros guardiões da memória, da história e da alma de cada lugar”, afirmou a apresentadora ao Correio.

O programa — que será exibido na tevê portuguesa em 8, 15, 22 e 29 de junho — é mais do que uma proposta de entretenimento, é uma ode à viagem consciente, à conexão profunda com a cultura e às experiências que transcendem o turismo apressado. Para Úrsula, o que a encanta na produção é a troca humana. “A gente sai do roteiro tradicional e se entrega para o que realmente faz sentido — as pessoas. Além disso, temos muito orgulho de trazer acessibilidade com o quadro O mapa para todos, algo inédito na televisão, que garante que mais pessoas possam se sentir parte dessa aventura”, acrescentou ela, que é a primeira brasileira a comandar um programa em Portugal.

Aos 43 anos, a atriz divide-se entre os dois países. Úrsula contou que apresentar sempre foi uma paixão que surgiu quando Elizabetta Zenatti, hoje na Netflix, a convidou para apresentar O diário de Floribella, um programa que deu até mais audiência que a novela exibida pela Band nos anos 2005 e 2006. “Ali, eu percebi o quanto amo me comunicar, contar histórias e me emocionar com elas. Sou fascinada pelos mundos que cada pessoa carrega dentro de si. E o que o público pode esperar de O mapa é exatamente isso: qualidade humana, encontros que tocam o coração e, claro, muita diversão! Quem assiste, não é só espectador… viaja comigo, sente, aprende e descobre junto”, destacou. 

Dois Emmys…

A artista carioca regressa à emissora onde tudo começou, ainda menina, aos 8 anos, no especial infantil A nave mágica, após a participação em Totalmente demais (2015). Em Garota do momento, interpretou Heloísa, personagem que movimentou os capítulos iniciais da trama como uma figura crucial na vida de Anita (Maria Flor), uma dona de casa presa a uma relação tóxica com Nelson (Felipe Abib).

O retorno ocorre justamente quando um de seus trabalhos mais importantes, História de amor (1995), comemora três décadas desde sua estreia. Na obra de Manoel Carlos, exibida em reprise nas tardes da emissora, o público pode rever a atriz aos 13 anos, quando deu vida à pequena Aninha.

A atriz também passou por produções como Viver a vida (2009) e O astro (2011), premiada com o Emmy Internacional. Foi a partir daí que Úrsula expandiu sua carreira para além das fronteiras brasileiras, atuando em novelas portuguesas como Sol de invernoOuro Verde — também laureada com o Emmy — e Na corda bamba. Recentemente, Úrsula concluiu a série Vitória, uma coprodução da RTP1 com a HBO Espanha, onde interpreta Fernanda, uma professora de educação física.

… e uma indicação

Úrsula também traz no currículo a série documental O silêncio que canta por liberdade. Dirigida e co-criada por ela e produzida por Omar Marzagão, a obra destaca o impacto na música popular brasileira (MPB) da ditadura militar brasileira — que devastou o país por mais de duas décadas, entre 1964 e 1985.

Com criação da Sete Artes Produções, em oito episódios gravados na Bahia, no Ceará, na Paraíba e em Pernambuco, a série mergulha nas memórias de 33 músicos perseguidos pelo regime opressor. Trata-se de personagens que não prestaram depoimento à Comissão Nacional da Verdade (CNV), que teve o seu retorno anunciado recentemente pelo Governo Brasileiro.

O silêncio que canta por liberdade, reconhecida internacionalmente e concorreu ao Emmy Internacional em 2023, traz depoimentos de ícones como Gilberto Gil, Alceu Valença, Chico César, Cacá Diegues, entre grandes nomes, além de registros marcantes com Gal Costa (1945-2022) e Moraes Moreira (1947-2020), que refletem sobre a resistência cultural durante o regime militar. Com trilha original de Daniel Gonzaga, a produção reafirma o papel da música como expressão de luta e esperança.

Questão de empatia

Entre a doçura de Aninha, a audácia de Heloísa e a maturidade de quem hoje se coloca como apresentadora, Úrsula Corona reafirma-se como uma artista completa. Além da carreira artística, é uma das vozes brasileiras mais relevantes no cenário social internacional. Como apresentadora do reality Vida de merendeira, valorizou o trabalho das profissionais responsáveis pela alimentação escolar de mais de 40 milhões de jovens.

E não foi à toa: a atriz também é embaixadora do Programa Mundial de Alimentos (WFP) da ONU e fundou o Instituto Fome de Tudo, que atua no combate à fome, desperdício alimentar e resposta a desastres climáticos, além de integrar a Aliança Global do G20 contra a Fome. Um dos projetos do instituto no Brasil é a atuação no Rio Grande do Sul, desde o episódio das enchentes que devastaram o estado, há um ano. “É a questão da empatia, que virou elogio, mas é um princípio básico de valor. Não dá mais para a gente, dentro de guerras e desastres naturais, não compreender o que pode ser feito hoje por cada um de nós”, concluiu.

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Jeová Rodrigues

Jornalista

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