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Estudo acompanha saúde de trabalhadores do antigo lixão da Estrutural

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Depois de mais de 20 anos de trabalho para encerrar as atividades dos catadores no Lixão da Estrutural, a luta do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) continua. Recuperar a área degradada e garantir os direitos desses trabalhadores agora é a prioridade. A 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Prodema) cobrava do governo um estudo epidemiológico, de maneira a traçar o perfil dos catadores e preocupar-se com a reparação socioambiental. Em 26 de abril, deu-se o primeiro passo, com a assinatura de termo de cooperação técnica entre o GDF, a Universidade de Brasília (UnB) e Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS) para realizar estudo epidemiológico dos catadores que trabalhavam no local.

O levantamento “Água, ambiente e saúde: o impacto na condição de vida dos catadores de materiais recicláveis” é inédito e foi desenvolvido por professores e estudantes do programa de extensão Pare, Pense, Descarte, do Campus Ceilândia da UnB. Na primeira etapa do projeto, 1.083 catadores foram entrevistados e submetidos a exames de sangue, pesagem e medição de altura. Os materiais foram coletados por estudantes estagiários da ESCS na Unidade Básica de Saúde nº 3 da Estrutural.

O promotor de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema) Roberto Carlos Batista relembra que, em 2004, o MPDFT iniciou trabalho multidisciplinar com outros órgãos em defesa dos direitos humanos dos catadores. “Além da questão ambiental que envolve a área onde funcionou o lixão da Estrutural, é preciso levar em conta a complexidade dos impactos também na área social, e o estudo e acompanhamento da saúde dos catadores é um passo importante para a dignidade desses trabalhadores”, destaca.

Com base nos exames, será possível o acompanhamento individualizado de cada participante e, então, permitir tratamento específico para cada caso. A segunda etapa do projeto consistirá em uma avaliação qualitativa do impacto direto do trabalho no lixão no aparecimento de doenças crônicas.

No que se refere à saúde ambiental, os dados divulgados na solenidade realizada na última semana traçam o perfil dos trabalhadores que atuavam no local e indicam que:

67% dos entrevistados são do sexo feminino e 33%, do masculino

57,6% têm idade entre 31 e 50 anos

87,6% se autodeclararam pretos ou pardos

80% têm até ensino fundamental completo

61,6% são solteiros

63,1% têm dois filhos ou mais

75,4% exercem a atividade de catadores de resíduos sólidos há mais de seis anos e, desse total, 20% atuam há mais de 16 anos na atividade

67% afirmaram já ter sofrido acidente no local de trabalho

 

Com informações da Agência Brasília e do MPDFT.

 

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Jeová Rodrigues

Jornalista

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