Internações por vírus sincicial em crianças aumentam no DF, diz Fiocruz
Boletim divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na última semana, aponta um aumento de internações no Distrito Federal de crianças pequenas infectadas com o vírus sincicial respiratório (VSR). O vírus também é uma das principais causas de infecções das vias respiratórias e pulmões em recém-nascidos.
Segundo a instituição, as infecções causadas pelo vírus são uma das principais causas do cenário atual de aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 22 estados e no Distrito Federal. O crescimento dessa doença, que costuma circular com mais intensidade no outono e no inverno, tem gerado expressivo aumento da incidência e mortalidade em algumas unidades da federação.
Embora as internações estejam em alta, os números de óbitos são considerados baixos no DF, conforme salientou o pesquisador do Programa de Computação de Dados Científicos da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes. “As mortes, no DF, ainda estão num volume significativamente baixo, felizmente. Porém, além do tempo entre internação e o óbito — o que faz com que a curva de mortes esteja sempre defasada em relação às internações —, temos ainda o fato de que elas também demoram a ser registradas nos sistemas de informação”, explicou.
“Com o aumento do VSR em crianças, sabemos que infelizmente algumas delas acabam falecendo. Mas o impacto, no DF, é muito maior em internações do que em mortes. O momento é muito claro o aumento da SRAG por VSR. Já considero esse impacto bastante significativo”, acrescentou Gomes.
Rinovírus
Outro vírus ao qual o boletim da Fiocruz se refere como alerta são os rinovírus, popularmente conhecido como “resfriado comum”. Na capital federal, segundo a instituição, este vírus afeta também o público infantil e pré-adolescente em termos de internações por SRAG. Já o vírus Influenza A (responsável pela gripe), que também tem gerado aumento em vários estados do país, observa-se um aumento ainda inicial na capital federal.
“Uma coisa que a gente tem tentado conscientizar, especialmente por conta de não ter vacina para o VSR, é a importância do uso de boas máscaras (modelos N95, KN95 ou PFF2) por todas as pessoas que estiverem com sintomas de resfriado ou similares à gripe, e por todas as pessoas em unidades de saúde. Pois isso, ajuda a diminuir a circulação de todos os vírus respiratórios”, explicou.
“É o combo: vacina da gripe em dia para se proteger contra o vírus Influenza, e máscara para ajudar a diminuir a circulação de todos esses vírus respiratórios que estão por aí”, completou Gomes.
Sintomas
Os sintomas da VSR são graduais, e a observação é crucial para o tratamento o quanto mais cedo da doença. As pessoas infectadas pelo vírus podem apresentar sintomas nasais (resfriado comum), com obstrução nasal, espirros, tosse e rouquidão (laringite). Outros sintomas são: febre; coriza; diminuição ou falta de apetite; cansaço e abatimento; e chiado.
A Revista do Correio, em 24 de março, divulgou uma reportagem acerca do aumento do vírus, além do tratamento e prevenção que os responsáveis podem aderir para evitar a doença. O Correio procurou a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) para obter um número acerca dos casos, hospitalizações e óbitos pelo VSR no DF, mas não obtivemos retorno até o fechamento dessa matéria.
Com informações do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.
- A trajetória do esforço do governo brasileiro pela Aliança Global contra a Fome e a Pobreza
- Sancionada a lei que cria a Semana de Conscientização da Lei Maria da Penha
- Hemocentro de Brasília lança campanha da Semana Nacional do Doador de Sangue
- Redução da alíquota do ITBI vai acelerar regularização de clubes no DF
- Corte de R$ 6 bilhões no Orçamento: “Há dificuldades em reduzir deficit”