Ir para o conteúdo
Casa Saúde Pública Defensoria Pública do DF intervém e Justiça determina doação de medicamento a paciente com câncer
Saúde Pública

Defensoria Pública do DF intervém e Justiça determina doação de medicamento a paciente com câncer

Compartilhar
Compartilhar

A medida veio após os defensores pedirem o sequestro de verbas do DF para que medicamento fosse custeado; paciente luta contra a doença desde 2014

A Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) interveio sobre a situação de saúde de uma paciente com câncer, Daniela Catunda, para que ela possa ter acesso de forma gratuita, por meio da rede pública de saúde, ao medicamento para imunoterapia Nivolumabe.

Ao sabe da notícia, Daniela afirmou que a medida tinha dado a ela “uma nova chance de viver”.

Daniela Catunda foi diagnosticada com câncer quando estava grávida, isso no ano de 2014. Depois que a criança nasceu, conta ela, o nódulo que tinha aparecido na região do pescoço cresceu de forma considerável.

“Fiz a radioterapia de cabeça e pescoço em um hospital particular, pagando o valor de R$ 12 mil. Emagreci 34 quilos, perdi 100% do paladar e da salivação, mas venci essa, que foi a mais dolorosa e difícil etapa de minha vida”, lembra a paciente.

Porém, quando foi em 2017, Daniela foi diagnosticada com metástase óssea na coluna, no cóccix, sacro, bacia, pélvis, fêmur, úmero e, ainda, abdômen, tórax e axila. Os médicos decidiram por suspender o tratamento da paciente em razão da possibilidade dos medicamentos, altamente tóxicos, comprometerem sua saúde já debilitada.

“Foi aí que entramos com o pedido na Defensoria Pública pois, pelo fato de não poder fazer mais a quimioterapia, fiquei sem opções de tratamentos disponíveis na rede pública”, conta Daniela.

Os defensores públicos conseguiram, em caráter de urgência, que o medicamento Nivolumabe seja doado, pela rede pública de saúde, à Daniela, haja vista que o medicamento é o único na rede pública capaz de substituir a quimioterapia.

Justiça do DF acatou a representação da DPDF é determinou que o Distrito Federal fornecesse o medicamento a paciente. A determinação não foi cumprida, o que fez os defensores recorrerem e entrarem com com pedido de sequestro de verbas públicas para custear o tratamento. A magistrada aceitou o pedido e ordenou o bloqueio dos cofres públicos no valor de R$ 114.507,72.

“Estou muito satisfeita com o atendimento da Defensoria. Em menos de cinco meses, tive a grata e feliz surpresa de que meu processo havia sido deferido e, com apenas uma aplicação da imunoterapia, já senti uma grande melhora”, conta Daniela após ter acesso ao medicamento.

Compartilhar
Compartilhado por
Jeová Rodrigues

Jornalista

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos Relacionados

Internações por inflamações intestinais cresceram 61% em dez anos

As doenças inflamatórias intestinais são enfermidades que afetam o trato gastrointestinal e...

Saúde amplia tratamento para casos graves de Alzheimer no SUS

Uma portaria do Ministério da Saúde publicada nesta quinta-feira (15) no Diário Oficial da...

Anvisa volta a interditar pasta dental da Colgate

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltou a interditar cautelarmente o creme...

Vacinação nas escolas do DF é intensificada para ampliar a cobertura entre crianças e adolescentes

Para promover a saúde e prevenir doenças, escolas públicas de todo o...