Ir para o conteúdo
Casa Política Congresso Com emendas bloqueadas por Dino, Congresso tem R$ 25 bi represados
Congresso

Com emendas bloqueadas por Dino, Congresso tem R$ 25 bi represados

Compartilhar
Compartilhar

bloqueio das emendas parlamentares pelo Supremo Tribunal Federal (STF) mantém represados aproximadamente R$ 25 bilhões no Orçamento da União. O ministro Flávio Dino, da Suprema Corte, determinou a retenção dos recursos indicados por deputados federais e senadores até que medidas de transparência e rastreabilidade fossem apresentadas.

A maior parcela dos recursos bloqueados afeta emendas individuais, um montante de quase R$ 11 bilhões. Já as emendas de comissão, embora não sejam de execução obrigatória, representam R$ 8,1 bilhões dos valores suspensos, enquanto as emendas de bancada estadual completam a soma, com R$ 6,7 bilhões.

Em agosto, Dino suspendeu a execução das emendas impositivas ao Orçamento. A decisão do ministro foi feita em ação protocolada pelo PSol na qual alega que as emendas impositivas individuais e de bancada tornam “impossível” o controle dos recursos.

Depois da decisão do magistrado, Executivo, Legislativo e Judiciário realizaram uma série de reuniões para discutir formas de ampliar a transparência e a rastreabilidade na execução das emendas parlamentares. Os encontros tiveram como resultado um projeto de lei complementar (PLP) aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Com o intuito de liberar as emendas, o Legislativo encaminhou ao STF, na quarta-feira (27/11), documentos com informações de deputados e senadores que, em 2021, foram oficiados pela presidência da Mesa do Congresso.

O projeto apresentado busca resolver os impactos ao criar regras mais claras para o rastreio e a fiscalização de recursos. Uma das propostas visa à destinação de emendas de bancada estadual para ações consideradas estruturantes e veda a individualização das ações para indicações de cada membro da bancada.

A expectativa dos deputados e senadores era que Dino liberasse os recursos até sexta-feira (29/11), o que não ocorreu. Os parlamentares condicionaram a volta dos recursos indicados para análise de pautas importantes ao governo, como o pacote de revisão de gastos, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária (LOA).

Metrópoles conversou com deputados e senadores que indicaram que, sem a liberação das emendas parlamentares, “nada” que seja de interesse do Palácio do Planalto deverá avançar. A preocupação da equipe econômica de Lula aumenta, tendo em vista a proximidade do recesso parlamentar, previsto para 23 de dezembro.

Pacote de contenção de gastos

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), protocolou, na sexta, projeto de lei (PL) e PLP com algumas das medidas do Planalto para revisão das despesas públicas, como regras para o uso do dinheiro público e limites ao aumento real do salário mínimo. Ainda é aguardada a entrega de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), que deve ocorrer nos próximos dias.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), indicou que a Casa Legislativa entrará em um esforço concentrado para analisar o pacote do Palácio do Planalto. A intenção do líder alagoano é realizar sessões de segunda a sexta, além da mobilização das bancadas para finalizar todas as pendências presentes na Câmara.

Alguns parlamentares indicaram à reportagem que a votação das medidas pode sim acontecer neste ano, basta ter “vontade política” dos presidentes da Câmara e do Senado. Um político indicou que esforços concentrados não são novidades dentro do Parlamento e que, caso necessário, uma PEC pode sim ser analisada de forma célere.

A PEC de contenção de gastos deve começar a tramitar pela Câmara dos Deputados, no entanto, Lira sinalizou que a matéria seguirá o rito natural da Casa. Isso quer dizer que a proposta deverá ter a admissibilidade aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), depois seguir para uma comissão especial, que terá até 40 sessões plenárias para analisar o mérito e, em seguida, ser votada no plenário.

Com isso, há quem acredite que parte do pacote da equipe econômica fique para o próximo ano.

Com informações do portal Metrópoles

Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.

Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.

  • Itamaraty tenta retirada de políticos brasileiros via Jordânia

    Itamaraty tenta retirada de políticos brasileiros via Jordânia

    O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou neste sábado (14) com o ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, para abrir uma rota de retirada das comitivas de políticos brasileiros em Israel após o início dos conflitos com o Irã. Em nota, o Itamaraty afirmou que tenta uma viagem das autoridades estaduais e municipais…

  • Entenda as origens do conflito entre Israel e Irã

    Entenda as origens do conflito entre Israel e Irã

    O planeta atravessa um fim de semana de suspense. Desde a noite da última quinta-feira (12), no horário de Brasília, os bombardeios de Israel a centrais nucleares, instalações militares e cidades iranianas ressuscitaram o medo de uma nova guerra no Oriente Médio. Em meio às reações do Irã, que retaliou os bombardeios, o receio de…

  • Com Lula e Trump, G7 se reúne em meio à tensão no Oriente Médio

    Com Lula e Trump, G7 se reúne em meio à tensão no Oriente Médio

    Presidente Lula desembarca no Canadá na segunda-feira (16/6) e discursará em sessão da cúpula do G7 com a presença de Donald Trump Calgary, Canadá — Com a presença de Lula e de Donald Trump, o Canadá sedia, a partir deste domingo (15/6), a cúpula anual do G7, grupo dos países mais industrializados do mundo. O encontro acontece em meio ao…

Compartilhar

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos Relacionados

Há mais de um ano sem deliberar vetos, Congresso agenda sessão para terça; pedido para criação de CPI do INSS deve ser lido

Parlamentares ainda devem votar modificações nas regras das emendas parlamentares. Ao todo...

Insatisfeito com emendas, Congresso já atrasou votações importantes e agora ameaça pacote do IOF

Congresso abre novo embate com governo por causa do pagamento de emendas....

Congresso cobra cortes, mas não debate supersalários e militares

Legislativo quer corte gastos sem aumento de impostos, mas propostas de ajuste...

Governo pagou menos de 1% das emendas parlamentares previstas para 2025

Orçamento deste ano reservou R$ 50,34 bilhões para emendas; Executivo só pagou...