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Pela primeira vez na história, mulheres são maioria entre médicos

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Estudo mostra que mulheres são 50,9% dos profissionais da área; também destaca a “pejotização” da área e má distribuição dos mesmos no país, o que impacta diretamente no atendimento e assistência às comunidades mais pobres

Estudo feito pelo Demografia Médica no Brasil (DMB), publicado na quarta-feira (30/4), aponta que as mulheres representam 50,9% dos profissionais da área e a projeção é que até 2035 sejam 55,7%. Além desse dado histórico, a pesquisa que foi desenvolvida nos últimos 15 anos também apresentou desigualdades extremas na distribuição de profissionais pelo país, a “pejotização” e a mudança nos vínculos de trabalho. 

As mulheres como mais da metade dos profissionais atuando no Brasil é uma tendência crescente observada ao longo dos anos. O estudo mostra que, em 2009, elas eram 40,5% de médicas e em 2024, 49,3%. A projeção indica que essa participação feminina se acentuará ainda mais, chegando a 55,7% em 2035. 

Segundo o estudo, esse movimento é nítido nas faixas etárias mais jovens de médicos formados e na composição dos estudantes de medicina, onde as mulheres já representavam 61,8% em 2023, especialmente nas escolas privadas. 

A Demografia Médica no Brasil 2025 também destaca que essa crescente participação feminina na medicina é um fenômeno que acompanha uma tendência global. A nova configuração da força de trabalho médica, com a maioria sendo mulheres, impacta positivamente a organização do trabalho médico e o funcionamento do sistema de saúde. 

Mas ainda é necessário superar as desigualdades de gênero que ainda persistem. O estudo aponta que elas se manifestam na remuneração, na ocupação de cargos de liderança e na distribuição desigual entre as especialidades médicas. 

Embora as mulheres sejam maioria em algumas especialidades como dermatologia (80,6%), pediatria (76,8%), ginecologia e obstetrícia (63,4%), medicina de família e comunidade (59,3%) e geriatria (62,1%), os homens ainda predominam em 35 das 55 especialidades, incluindo a maioria das cirúrgicas e urologia (96,5% homens). Além disso, a renda declarada pelas médicas era menor que a dos homens, equivalente a 63,7% do rendimento deles em 2021. 

Outros dados importantes

O estudo também apresentou que a desigualdade na distribuição geográfica ainda é um grande problema no Brasil. Embora o número total de médicos cresça, a concentração em capitais e grandes centros continua alta, deixando vastas áreas do país, os chamados vazios assistenciais ou desertos médicos, com escassez de profissionais. No Sudeste existe uma taxa de 3,77 médicos a cada mil habitantes e no Norte a média é de 1,70 por mil. 

Além da má distribuição, outro fato chama atenção: a “pejotização” desses profissionais. De acordo com a pesquisa, os empregos formais (CLT e estatutários) entre os médicos caiu de 52,5% para 33,3% em uma década. Este é um fenômeno no mercado de trabalho médico, com implicações para a estabilidade dos profissionais, benefícios e para a forma como o sistema de saúde contrata e gerencia sua força de trabalho.

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Escrito por
Jeová Rodrigues

Jornalista

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