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Moody’s rebaixa a perspectiva de 21 bancos brasileiros

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Três dias após revisar para baixo a perspectiva da nota de classificação de risco do país Moody’s faz a mesma coisa com a avaliação de 21 instituições financeiras do Brasil

TApós a Moody’s rebaixar a perspectiva de investimento do Brasil de “positiva” para “estável”, a agência norte-americana de classificação de risco, ontem, também fez o mesmo com a perspectiva de 21 instituições financeiras do Brasil, nas avaliações de depósitos de longo prazo, ratings de dívida sênior sem garantia de longo prazo e de emissor, quando aplicável.

Todos os ratings e avaliações, incluindo suas entidades associadas, foram reafirmados. Na sexta-feira (30/5), a Moody’s rebaixou a perspectiva de risco do Brasil, mas manteve o rating do governo brasileiro em Ba1, nota abaixo do chamado “grau de investimento” — espécie de selo de bom pagador para investidores estrangeiros para os títulos da dívida do país.

Especificamente, a agência afirma as avaliações de crédito base (BCAs) de 15 bancos, ratings de depósito de longo prazo em moeda local e estrangeira (quando aplicável) de 14 bancos, ratings de dívida sem garantia de longo prazo em moeda estrangeira de sete instituições financeiras, bem como o Rating Corporativo (CFR) de longo prazo e os ratings de emissor de longo prazo em moeda local (quando aplicável) de outras cinco.

Entre as 21 instituições com perspectivas revisadas pela Moody’s, destacam-se: Banco do Brasil (BB), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Itaú Unibanco, Bradesco, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal, Santander, BTG Pactual, Sicredi, Safra, Banco ABC Brasil, Daycoval, Citibank Brasil, XP e Banco Modal.

Para BB, BNDES, Itaú e Bradesco, a agência decidiu reafirmar os ratings de depósito de longo prazo em moeda local ou estrangeira, levando em conta a manutenção das avaliações de crédito base em Ba1, a manutenção do alto grau de suporte do governo federal a BB e BNDES — que são instituições estatais — e uma expectativa de suporte governamental também para Itaú e Bradesco.

“Apesar dessas considerações, os ratings de depósito não foram elevados, pois estão limitados ao rating soberano do Brasil”, destacou a Moody’s, em comunicado sobre as mudanças. Para os quatro bancos, também foram reafirmados os Ratings de Risco de Contraparte (CRRs) em moeda local e estrangeira em Baa3, e as Avaliações de Risco de Contraparte (CRAs) de longo prazo em Baa3(cr).

Ao todo, a Moody’s afirmou as avaliações de crédito base (BAs) de 15 bancos brasileiros, ratings de depósito de longo prazo em moeda local e estrangeira (quando aplicável) de 14 bancos, ratings de dívida sem garantia de longo prazo em moeda estrangeira de sete instituições financeiras.

Ontem, pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou o rebaixamento do Brasil, mas sem citar avaliação feita pela Moody’s. “As agências, elas reagem à capacidade de iniciativa do país. Se percebem que o país deu uma parada, não está enfrentando os temas, ela também para. Ela fala: ‘vamos esperar para ver o que acontece'”, disse. (Com informações da Agência Estado)

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Jeová Rodrigues

Jornalista

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