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Programas e ações que oferecem solidariedade no inverno a necessitados

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Pelo DF, iniciativas sociais se unem para arrecadar agasalhos e cobertores para pessoas em situação de pobreza

Em barracos de madeira improvisados e nas ruas, o frio e o vento cortante fazem da madrugada um momento angustiante para quem não tem como se proteger das baixas temperaturas do inverno. No Distrito Federal, campanhas governamentais e iniciativas comunitárias arrecadam cobertores e roupas de frio para aquecer a quem mais precisa.

Na cidade de Santa Luzia, na região da Estrutural — a 13km do Plano Piloto —, o vento entra pelas frestas de casas feitas de tábuas, trazendo sérios incômodos para seus moradores, especialmente na hora do descanso, após um cansativo dia de trabalho e atividades. “Tem sido aterrorizante”, conta Dalvina Maria dos Santos, 47 anos, que mora com três filhos sob um teto e paredes que pouco os protegem da variação térmica. “Entra muito vento e a gente passa muito frio. Dormimos todos em uma cama para ajudar um a esquentar o outro. As crianças reclamam muito do frio e faço o possível para esquentá-las”, relata.

Maria Guerra, 46, líder comunitária e presidente da Mães Guerreiras da Estrutural, estima que mais de 10 mil famílias carentes, em Santa Luzia, estejam sofrendo com o inverno. Ela tem arrecadado casacos e cobertores, mas não tem recebido muitas doações. “As pessoas falam que não tem mais doações, porque enviaram tudo para o Rio Grande do Sul”, diz. “É uma situação bem complicada, nesta época, sempre recebo vídeos das mães passando por frio”, lamenta. 

Andrea Ramos, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que o inverno na capital vai durar até o dia 22 de setembro. “Esse período vai ser de estiagem, com o tempo ficando cada vez mais seco. As baixas temperaturas predominam principalmente em junho e julho, com noites mais frias e rajadas de ventos”, detalha.

Cleudimar Bezerra dos Santos, 51, mora com quatro pessoas em uma casa de madeirite, com acesso precário a água e eletricidade. “Duas pessoas dividem um cobertor, e isso é muito difícil. Temos que dormir ‘agarradinhos’ para conseguir esquentar um pouco”, afirma. 

 Apoios

Para ajudar quem não teve como se preparar para o inverno, autoridades, empresas, entidades e grupos de cidadãos têm se organizado. O GDF, por exemplo, tem a campanha Agasalho Solidário. A ação, que se encerrará em 16 de julho, já recolheu 8 mil itens como, mantas, roupas, meias, luvas, gorros, cachecóis, entre outros.

“A Campanha do Agasalho Solidário é de extrema importância, pois visa não apenas aquecer o corpo, mas também o coração das famílias em situação de vulnerabilidade. Nossa meta é alcançar o maior número possível de famílias, proporcionando conforto e esperança durante os meses mais frios do ano”,  contou a primeira-dama do DF, Mayara Noronha. 

A ONG Eu, solidário tem se mobilizado e vem coletando roupas que aquecem e serão doadas a creches voltadas para crianças de famílias economicamente carentes, pessoas em situação de rua e moradores de assentamentos. Co-fundadora da organização, Ana Elizabeth Silva conta que as doações ainda estão em baixa. Ela orienta quem quiser ajudá-los a enviar meias, luvas, casacos e gorros. “Cobertores são mais fácil de as pessoas em situação de rua perderem”, explica.  

Por sua vez, em parceria com a ONG The Street Store, o Terraço Shopping organizou recebimento de itens de inverno que serão entregues a afetados pela pobreza extrema. A ação, que vai até 31 de julho, incentiva os visitantes e clientes do centro de compras a participarem. 

Com propósito beneficente semelhante, a Legião da Boa Vontade (LBV) pretende juntar 1.500 itens, que tem destino certo: Cidade Estrutural, Águas Lindas, Valparaíso e Luziânia.

Com informações do Correio Braziliense

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Jornalista

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