Saiba quem são os oito deputados federais eleitos no Distrito Federal
A apuração da eleição para deputado federal começa a chegar ao fim no Distrito Federal. Com 100% das urnas apuradas, a deputada federal Bia Kicis (PL-DF) foi eleita para um novo mandato com a maior quantidade dos votos (214.733 votos). Outros sete candidatos também foram eleitos.
No Brasil, os deputados federais são eleitos por um sistema proporcional ou seja, são considerados os votos totais tanto do candidato quanto o do partido.
Foram eleitos também Fred Linhares (Republicanos-DF) com 165.358 votos, Erika Kokay (PT-DF) com 146.092 votos, Rafael Prudente (MDB-DF) com 121.307 votos, Julio Cesar (Republicanos-DF) com 76.274 votos, Professor Reginaldo Veras (PV-DF) com 54.557 votos, Fraga (PL-DF) com 28.825 votos e Gilvan Maximo (Republicanos-DF) com 20.923 dos votos.
Foram computados ao todo 1.607.519 votos válidos, 0 votos anulados e 4.518 votos anulados sub judice segundo o site do Tribunal Regional do Distrito Federal (TRE-DF). Além disso, foram computados 80.793 votos nulos (que representam 4,47%) e 114.654 votos em branco (que representam 6,34%).
Confira os deputados federais eleitos no DF
Bia Kicis (PL-DF) — 214.733 votos (13,32%)
Natural de Resende (RJ), tem 61 anos, é advogada e atuou como procuradora do Distrito Federal por 24 anos. Aposentou-se em 2016, como subprocuradora-geral do DF. Apoiadora ferrenha de Jair Bolsonaro (PL), elegeu-se como a terceira deputada federal mais votada do DF em 2018, na primeira eleição da qual participou, com 86.415 votos. Defende o conservadorismo, a pauta de costumes, liberalismo econômico e o voto impresso. É autora do projeto Escola sem Partido.
Fred Linhares (Republicanos-DF) — 165.358 votos (10,26%)
Apresentador de tevê e radialista, é brasiliense e tem 42 anos. Comandou o programa televisivo Cidade Alerta, da TV Record, até junho, quando se afastou para participar das eleições. É conhecido por dar destaque a conteúdos e ocorrências policiais, com foco em autoridades de segurança.
Erika Kokay (PT-DF) — 146.092 votos (9,06%)
A cearense de Fortaleza tem 65 anos, dos quais 45 são dedicados à militância política. Bancária, foi escolhida como deputada distrital em 2002 e 2006 e foi a primeira presidente mulher do Sindicato dos Bancários do DF, entre 1992 e 1998. Filiada ao PT desde 1989, foi presidente do diretório regional do partido no DF em 2017, cargo que ocupou por dois anos. Teve 89.986 votos em 2018, a segunda deputada federal mais votada da capital do país. Apenas no último mandato da Câmara, foi autora de 2.852 propostas legislativas, com duas faltas no plenário não justificadas. A parlamentar votou contra a reforma da previdência, as privatizações da Eletrobras e dos Correios, a proposta de voto impresso e o fundo eleitoral. Também foi contrária à autonomia do Banco Central. Entre as bandeiras defendidas, estão os direitos humanos, o meio ambiente, a cultura, a educação e as minorias sociais. Registrou no TSE R$ 406 mil em bens.
Rafael Prudente (MDB-DF) — 121.307 votos (7,53%)
Brasiliense, é formado em administração e empresário. Tem 39 anos e participou das eleições pela primeira vez em 2014, quando foi eleito para a Câmara Legislativa do DF (CLDF). Foi reeleito deputado distrital em 2018 e, quando assumiu, foi escolhido pelos colegas para presidir a Casa, cargo que ocupa atualmente. Foi o deputado mais jovem e natural de Brasília a presidir a CLDF. É neto do ex-procurador do Ministério Público de Goiás (MPGO) Osmar Prudente, morto em agosto, e filho do ex-deputado distrital Leonardo Prudente, filmado em 2009 recebendo dinheiro de Durval Barbosa — na época presidente da Codeplan — e escondendo as notas na meia, em meio ao escândalo do Mensalão do DEM. Ficou conhecido por fazer “blitze” nos hospitais públicos e escolas. Declarou R$ 2,7 milhões à Justiça Eleitoral.
Júlio César (Republicanos-DF) — 76.274 votos (4,73%)
Aos 47 anos, assume o segundo mandato na Câmara dos Deputados — em 2018, concorreu pelo PRB e conquistou uma vaga com 79.775 votos. Pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, foi eleito deputado distrital em 2014. Entre 1998 e 2006, foi diretor executivo nas emissoras TV Itajaí, TV Cultura Florianópolis, Rede Mulher de Televisão e TV Itapoan (BA).
Professor Reginaldo Veras (PV-DF) — 54.557 votos (3,38%)
Cearense de Crateús, tem 49 anos e chegou ao DF com apenas três anos. Cresceu em Ceilândia, onde morou por mais de 30 anos, graduou-se em geografia (licenciatura) na Universidade de Brasília (UnB) e entrou na Secretaria de Educação do DF em 1992. Lecionou, principalmente, em escolas de Ceilândia e decidiu dar início à vida política em 2013, quando se filiou ao PDT. Foi eleito deputado distrital pela primeira vez em 2014 e reeleito em 2018. Em novembro de 2021, criticou a postura dos colegas de partido em relação à PEC dos Precatórios, que extinguiu o teto de gastos públicos para custear o Auxílio Brasil, programa social de Bolsonaro.
Fraga (PL-DF) — 28.825 votos (1,79%)
Coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, tem 66 anos, é de Sergipe e veio para o DF em 1966. Formado em direito, administração e educação física, é mestre em segurança pública. Foi deputado federal pela primeira vez em 1999, quando era suplente e assumiu uma das vagas da câmara. De lá até 2011, manteve-se na função por três legislaturas consecutivas, passando por MDB, PFL (atual DEM). Declarou R$ 4,8 milhões à Justiça Eleitoral.
Gilvan Maximo (Republicanos-DF) — 20.923 votos (1,30%)
Goiano de Rubiataba, tem 53 anos e foi secretário de Ciência e Tecnologia do governador reeleito Ibaneis Rocha (MDB) até abril deste ano, quando deixou o cargo para disputar as eleições. Ele foi o 21º secretário de Ibaneis anunciado, ainda em 2018. Chegou a ser secretário Extraordinário para o Entorno do DF no governo de Goiás, entre 2011 e 2014, na gestão de Marconi Perillo (PSDB). Empresário, GIlvan declarou R$ 490 mil ao TSE.
Eleições 2022
No total, cinco cargos estão em disputa neste 1º turno: deputado federal, estadual (ou distrital), senador, governador e presidente da República.
Este ano, estarão em disputa uma vaga na Presidência da República, 27 nos governos dos estados e do DF, 27 no Senado, 513 na Câmara dos Deputados, 1.035 nas Assembleias Legislativas dos estados e 24 na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
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