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Base de Lula flerta com Tarcísio e alimenta instabilidade política

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No último dia 23 durante um jantar com deputados em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou estar “candidatíssimo” à reeleição em 2026.

O anúncio, feito diante de integrantes da base aliada, foi interpretado por parlamentares como uma estratégia para conter especulações sobre um possível encerramento precoce de seu governo e reforçar sua liderança no cenário político.

Apesar do anúncio, a incerteza persiste entre os partidos da coalizão governista — União Brasil, PSD, MDB, PP e Republicanos. Juntas, somam cerca de metade da Câmara, mas não garantem apoio a Lula, pois alguns demonstram entusiasmo por Tarcísio de Freitas. Essa conjuntura se evidencia no arrastado impasse da reforma ministerial, planejada para premiar aliados após as eleições municipais de 2024.

Até agora, as mudanças ministeriais envolveram figuras do PT ou ministros envolvidos em escândalos. O caso de Juscelino Filho expôs a dificuldade da base: Pedro Lucas Fernandes aceitou o convite para as Comunicações, mas recuou devido à forte resistência interna, ilustrando a fragilidade da aliança, com ruídos e divisões nos cinco partidos.

Cresce a percepção entre aliados de que a reforma não avança por falta de garantias políticas.

Embora ocupem 11 ministérios, a base de apoio não transmite certeza a Lula em 2026 pois articula alianças fora do campo progressista.

A possível candidatura de Tarcísio é vista como convergência para direita e centro, com Gilberto Kassab (PSD) entre os entusiastas, apesar de seu partido ter cargos no governo Lula.

União Brasil exemplifica a crise, com Caiado e Alcolumbre distantes do governo Lula. Foto: Reprodução/Wikipedia

O União Brasil, fruto da fusão entre DEM e PSL, exemplifica a situação, abrigando alas diversas. Liderado por figuras como Davi Alcolumbre e Ronaldo Caiado, o partido anunciou federação com o PP, distanciando-se do governo. MDB e PSD também mostram divisões, apesar de menos instáveis.

O MDB apoia Tarcísio em São Paulo, mas tem oposição no Sul e Sudeste.

O PP, sob influência de Arthur Lira e Ciro Nogueira, mantém cargos estratégicos, mas critica o governo. O Republicanos, partido de Tarcísio, está dividido regionalmente, com forte antipetismo no Sul e Sudeste e apoio pontual no Nordeste.

Diante da histórica capacidade de articulação do PT, somada à força da máquina pública, é possível criar um cenário onde acordos pragmáticos são viáveis, mesmo com partidos de histórico fisiológico.

Embora dinâmico, o horizonte eleitoral apresenta oportunidades para Lula consolidar sua liderança. A recuperação da popularidade, aliada a uma economia estável, pode fortalecer a posição do presidente, tornando-o um candidato competitivo em 2026.

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Escrito por
Jeová Rodrigues

Jornalista

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