R$ 4,5 bilhões em obras públicas estão previstas para 2025 no DF
Ao CB.Poder, o secretário de governo, José Humberto Pires, comentou que foram investidos cerca de R$ 130 milhões com construção e recuperação de calçadas, desde 2019. A expansão do metrô de Samambaia e o BRT Norte serão entregues neste ano
O montante de R$ 130 milhões investidos na construção e recuperação de calçadas, de 2019 até os dias atuais, e o planejamento para investir mais R$ 200 milhões em 2025 foram pontos debatidos com o secretário de Estado de Governo, José Humberto Pires, nesta segunda-feira (3/6), no programa CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília.
Às jornalistas Ana Maria Campos e Adriana Bernardes, o gestor público afirmou que, para o próximo ano, há a previsão de cerca de R$ 4,5 bilhões de investimento total em obras. Pires também destacou a construção de cinco novos hospitais e sete Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
Como estão as obras de infraestrutura no DF?
Costumo dizer que a cidade acontece na porta do cidadão. E, cada vez que tem um problema com um bueiro, calçada ou com alguma coisa que incomoda a vida do cidadão, ele fica muito revoltado, e com razão. É claro que este governo está investindo pesadamente nisso. Na verdade, o que está acontecendo é que estamos reconstruindo uma cidade. Obras que estão paradas ou ficaram paradas por mais de 20 anos estão sendo retomadas. Só para vocês terem ideia, um tema que, hoje, está no nosso dia a dia são as calçadas, a acessibilidade é um tema muito interessante. Se você visitar as calçadas que nós estamos fazendo, todas são adaptadas para as pessoas com deficiência. Os pontos de ônibus, da mesma maneira, são um investimento pesado. Já investimos neste governo, de 2019 para cá, R$ 130 milhões na recuperação de calçadas — R$ 110 milhões já foram gastos, e R$ 20 milhões estão em execução, isso significa que 650km de calçadas foram feitas ou recuperadas no DF. Até o final do ano, com esses R$ 20 milhões a mais, queremos chegar em torno de 1 mil km de calçadas recuperadas e em execução. Mas, isso não basta. Um planejamento que foi pedido pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) é que, para 2025, cidades como Ceilândia, Taguatinga, Gama, Plano Piloto e Planaltina ainda precisam de mais uns R$ 200 milhões para poder deixar todas as calçadas em condições plenas de funcionamento.
No caso, as cidades mais antigas são as que mais necessitam dessas calçadas. Quando foi a última vez que essas calçadas foram pavimentadas?
Vou me lembrar da época que eu estive no governo e fizemos, por exemplo, na Ceilândia, a recuperação das vias principais. Depois disso, a gente não viu esse investimento pesado como está sendo feito agora.
Quais são os outros projetos de governo que são prioridades para este ano e para o próximo?
A drenagem é um problema grave em Brasília, e estamos vivendo esses extremos em relação ao clima: chove demais, e também há seca demais. Isso nos revela esse novo desafio. Drenagem é um investimento que vai continuar acontecendo. Estamos com o Drenar-DF no Plano Piloto e também em Taguatinga, que está sendo executado em grande parte e precisando terminar. Além disso, temos várias correções de drenagem que precisam ser feitas em outras cidades, que também estão dentro do nosso planejamento.
O Sol Nascente geralmente tem grandes problemas quando chove…
Esse é um caso que, com as obras finalizadas, já vai estar resolvido. Mas, mesmo a obra entregue, em função da quantidade de chuva que veio, estamos fazendo adaptação. Assim, vemos como evolui muito rapidamente essa questão de adaptação. Essa que estou falando é para melhorar o fluxo da água para evitar isso. Outra coisa é pavimentação. Asfalto é uma grande realidade, o governador quer, em 2025, fazer um grande investimento nessa parte de recuperação das vias por onde passamos. Estamos fazendo muitos viadutos, pontes, novas pistas, mas o asfalto antigo também precisa ser recuperado. Esse é um dos pontos que nós estamos trabalhando.
E o investimento do governo em outras áreas?
Duas áreas são prioritárias do governo sempre. A primeira é a mobilidade urbana, com metrô e BRT. O metrô de Samambaia será lançado nos próximos dias. Já o BRT Norte, nós lançaremos até outubro, e estamos finalizando os empréstimos com o Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES). Também temos o complemento do BRT Sul, quando você vem pelo BRT Sul e passa direto para a rodoviária e não faz integração no tráfego terminal da Asa Sul. Com o complemento dessa obra, as pessoas vão poder fazer a integração ali e ir para outras regiões de Brasília sem ir à rodoviária.
E qual é a segunda área?
A outra ponta é a questão da saúde e os investimentos nela, esses não poderão parar. Na parte de infraestrutura, está tudo planejado, quando o governo Ibaneis começou, nós tínhamos 173 Unidades Básicas de Saúde (UBS) em funcionamento, vamos encerrar esse governo com 200 ou 202, porque tivemos duas demandas para a UBS Rural. Tínhamos seis UPAs, o governo Ibaneis fez sete e ainda vamos fazer mais sete, então vamos encerrar o governo com 20. Os hospitais eram 16, e agora nós estamos fazendo o complemento com mais cinco unidades. Três delas já estão em execução, e mais duas vão começar já. A de São Sebastião, que a Caixa Econômica Federal já me deu notícia que na semana que vem libera, e a do Gama, que está com o projeto quase finalizado para que possamos lançá-lo.
Essas novas UPAs que serão construídas terão estrutura, equipamento e pessoal necessário? O governador anunciou a contratação de pessoal na semana passada. Como está essa situação de atendimento à saúde?
Quando levamos para o governador esse planejamento, ele aprovou e chamou o secretário Ney Ferraz (Economia), a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, o diretor do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF), Juracy Cavalcante, e disse a mesma coisa que você está dizendo. Façam um planejamento dos equipamentos e das pessoas que precisam, e isso deve andar passo a passo. Na hora que a obra estiver concluída, nós temos as pessoas para trabalhar e os equipamentos que são necessários. Isso é muito importante, porque não basta entregar um equipamento público, tem que dar funcionalidade a ele. No final das contas, o cidadão quer ser bem atendido. Ele quer chegar em um ambiente novo, tudo bem, mas tem que ter os profissionais e os equipamentos necessários. Esse é um zelo e um cuidado que está sendo tomado desde já.
Estava prevista a construção de um hospital oncológico no DF. O que aconteceu?
A obra começou antes da pandemia de covid-19. Infelizmente, a empresa que foi contratada executou um pedaço muito pequeno da obra naquele período e entrou com uma profunda dificuldade de execução, e o preço que fez ela ganhar da concorrência na época, hoje já não se pratica. É uma diferença muito grande, e a empresa resolveu, então, não tocar a obra. Chamamos a segunda colocada, que é uma empresa também muito conceituada. Ela fez uma avaliação do orçamento e disse que, pelo preço que foi licitado, que é R$ 109 milhões, não dá para fazer. Hoje, é uma obra da ordem de R$ 150 a R$ 170 milhões. Não adianta insistir e deixar a obra parada, estamos cancelando o contrato e fazendo uma nova licitação. Hoje, me reuni com Fernando Leite (Novacap), e um dos temas foi esse. Vamos licitar novamente, estamos atualizando os orçamentos para tenhamos uma planilha real exequível colocada na praça, e vamos licitar. Essa é uma licitação muito rápida, porque é só a atualização de orçamento, e a empresa começa do ponto que parou a outra. O investimento do governo tem sido muito grande, estamos investindo de R$ 3 a R$ 5 bilhões por ano, e todo mundo quer participar.
As empresas de construção devem estar animadas com o investimento para o ano que vem de mais de R$ 4 bilhões, é isso?
Nossa previsão é de R$ 4,5 bilhões: são R$ 1,9 bilhão de financiamento que estamos buscando com o BNDES, mais R$ 600 milhões já aprovados pelo Banco do Brasil; R$ 1,8 bilhão que está na lei orçamentária e mais o dividendo que vem da Terracap. Enfim, em torno de R$ 4,5 bilhões.
E o lançamento da obra da rota de fuga da Cidade do Automóvel? Agora, sai?
Agora, sai. Quando foi feita a Cidade do Automóvel, à beira da Estrutural, ela ficou sem saída para a Região Norte. Então, todo mundo que precisava acessar a Cidade do Automóvel vinha pela Estrutural ou por dentro do SIA. E essa obra ficou parada, só que o projeto que foi apresentado para o governador, vice-governadora Celina Leão e para mim era apenas uma saída. Olhamos que uma saída não vai resolver o problema. É necessário fazer realmente uma rota de fuga que te tira de dentro daquela região e leva a algum lugar com o conforto que necessita. O investimento era de R$ 10 a R$ 12 milhões, e ficou em R$ 32 milhões. Ela será lançada no sábado, o canteiro de obras já está no lugar e começa efetivamente no sábado, às 11h. Será uma pista dupla, com ciclovia, tudo bonitinho para você realmente poder sair da Cidade do Automóvel e chegar à Asa Norte sem precisar pegar a Estrutural.
Assista o CB.Poder na íntegra:
Com informações do Correio Braziliense
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