A CULPA É DELE: FORA BOLSONARO – PREÇO DA GASOLINA CHEGA A R$ 7,39 NO DF
O(a) brasileiro(a), de uma forma geral, têm sofrido com a alta no preço de tudo, com a perda no poder de compra, com a inflação, fatores que estão ocasionando o aumento da população pobre e miserável no Brasil. Um destes itens, que somente este ano subiu mais de nove vezes, é o combustível. Na capital federal, por exemplo, alguns postos chegam a cobrar R$ 7,39 pelo litro da gasolina.
Em 2016, o valor da gasolina nos postos de combustível era de R$ 2.50. Hoje, o valor em algumas localidades do país chega à marca de R$ 9,66 o litro, como é o exemplo de Fernando de Noronha. Se analisarmos a conjuntura econômica e demais fatores, de quem é a culpa do combustível estar neste preço?
Para responder esta pergunta é preciso ver como é construída a composição do preço da gasolina. A Petrobras, que extrai o petróleo e refina a gasolina, cobra o equivalente a 33,6% do total do seu preço. Os distribuidores, por sua vez, devem adicionar à gasolina o etanol anidro (que é o etanol puro), compondo 27% da gasolina comum. Atualmente, esta adição é responsável por 16,9% do custo da gasolina. Associado a isto temos os custos com distribuição e revenda, que são as empresas que são responsáveis pelo combustível após a saída da refinaria até a bomba do posto, custo que equivale a 16,9% do total. Por fim, temos a tributação. A maior delas é o ICMS, que na média equivale a 27,6% do preço final. Depois temos a tributação federal, com a CIDE, PIS/PASEP e COFINS, custando 11,5% do total.
Apesar de Bolsonaro tentar convencer que a tributação é a causa dos elevadíssimos valores atuais para a gasolina, duas coisas desmentem facilmente o argumento do presidente. A primeira é que, no mundo, se tributa bastante combustíveis fósseis, em percentuais muito superiores ao Brasil. Por exemplo, entre os países da OCDE a média de tributação da gasolina é de 53,2%. No Brasil é de 39,1%. Já o diesel tem uma tributação média de 46,4%, enquanto que no Brasil este percentual é de 22,8%. Além disto, o custo fiscal de retirar estes impostos seria um golpe mortal para os cofres estaduais, o que agravaria a prestação de serviços públicos na ponta.
A segunda questão é que a maior parte da tributação é em forma de alíquota (um percentual), e estão constantes ao longo dos últimos anos. Como o imposto é estadual, a decisão de quanto se cobra é do estado. Hoje, este ICMS varia entre 25% (SP, MT, SC, AC, RR, RO, AP) e 34% (RJ). Mas não houve mudança ao longo dos últimos anos, o que mudou foi o preço da gasolina. Quanto maior o preço, maior o imposto. Por exemplo, se a gasolina custa 4 reais em SP, a cada litro pagaremos 1 real de ICMS, mas se o preço for de 6 reais, pagaremos R$ 1,50 deste tributo.
De agosto do ano passado a agosto deste ano, a gasolina comum subiu mais de 40% %, o etanol mais de 60% e o gás de cozinha quase 40%, segundo pesquisa publicada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Além de diminuir muito o nível de vida do(a) brasileiro(a), a alta nos preços da gasolina levou mais de 30% dos motoristas a desistirem da única alternativa de sobrevivência que era trabalhar para aplicativos, além de impactar no valor dos alimentos, no cotidiano do brasileiro que depende do transporte público, além do encarecimento de diversos itens básicos.
Diante de todos estes argumentos, para você de quem é a culpa do valor do combustível estar tão alto? A culpa é dele: Fora Bolsonaro!
A culpa é dele
A campanha “A culpa é dele”, do Sinpro-DF, foi lançada no dia 19 de junho, quando o Brasil ultrapassou o número de meio milhão de pessoas mortas pela Covid-19. O objetivo da campanha é explicar à população, de forma didática, que tanto as milhares de mortes causadas pelo vírus como o desemprego, a fome, a miséria, o desalento, a crescente da violência, o medo têm um culpado: o presidente da república Jair Bolsonaro.
No lançamento da campanha, foi exposta no viaduto da rodoviária do Plano Piloto uma faixa de mais de 30 metros de largura, com os dizeres: “Mais de 500 mil mortos. A culpa é dele. Fora Bolsonaro”. Poucos minutos após a abertura do material, a polícia militar, que segue diretrizes do governo local, impôs a retirada da faixa.
Diante da gravidade do cenário e da exaustão do povo brasileiro frente ao caos em que se encontra o Brasil, o Sinpro-DF deu continuidade à campanha, reabrindo, em diversos locais do DF, essa e outras faixas que denunciam a política anti-povo de Bolsonaro.
Fonte: SINPRO-DF
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