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Brasilienses adotam um meio de transporte sustentável e divertido

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O monociclo elétrico virou o queridinho de moradores da capital que compartilham a paixão pelo veículo e buscam popularizar o uso dessa alternativa “verde” de mobilidade

 (crédito: Arquivo Pessoal )

(crédito: Arquivo Pessoal )

Aos poucos, os monociclos elétricos vão ganhando as ruas de Brasília. À primeira vista, o equipamento parece ter vindo do futuro e ser muito complicado de dirigir. Mas os usuários do modal garantem que o veículo é fácil de conduzir e não fica atrás dos transportes tradicionais em segurança, velocidade e eficiência. Em Brasília, um grupo de apaixonados pela modalidade luta para tornar o monociclo mais popular nas vias e ruas da capital, a exemplo do que já ocorre em outras cidades do mundo.

Técnico em TI, Eduardo Dantas, 45, definiu o veículo como “coisa de doido”, quando se deparou com um pela primeira vez. “Depois, percebi que é só um preconceito. Comecei com um modelo mais fraco e usado, que era de um amigo, e não demorou para eu gostar e comprar um modelo mais potente. Me desfiz do carro, da moto e do patinete elétrico. Hoje, meu principal meio de locomoção é o monociclo, vou para qualquer lugar de Brasília com ele”, conta o morador do Sudoeste, que usa o meio de transporte há cerca de um ano e meio.

Eduardo compartilha sua paixão pelo modal elétrico até num canal que tem no YouTube (Edudantas) para falar sobre mobilidade urbana elétrica. “O modelo que eu tenho hoje tem grande autonomia. Eu já fui até Águas Claras e voltei; para o Lago Norte, até na Torre Digital, e ainda podia andar mais. Fui a consulta médica, para o trabalho e também para o cinema”, acrescenta.

A paixão pelo exótico veículo também motivou João Paulo de Andrade Júnior, 53, a organizar um grupo com mais de 50 monociclistas de Brasília. O servidor público reforça a sensação de leveza e liberdade que compartilha com os outros integrantes. “Tem vezes que eu fico ansioso para o dia acabar, só para poder andar mais. É uma sensação incrível que me distrai da correria do dia a dia. Dar uma volta, quando estou com a cabeça cheia, já me ajuda bastante”, explica.

O morador do Lago Norte organiza com frequência encontros entre monociclistas e compartilha as experiências e informações sobre os eventos e sobre a modalidade em seu canal no YouTube (Numa roda só). Eles também percorrem juntos longos trajetos, geralmente iniciados ao pé da Torre de TV e chegando ao Lago Paranoá para dar voltas, resultando em percursos de mais de 70km.

Todo mundo no grupo usa capacete, munhequeira e até joelheira. “Nossa ideia é quebrar o paradigma de que é um veículo perigoso”, ressalta João, ao afirmar que “as quedas são raras, mas não há como o condutor se machucar com os equipamentos de proteção. Além disso, o monociclo é compacto e fica direto no chão”, explica.

Tecnologia

Muito comuns nas cidades europeias, os monociclos elétricos contam apenas com uma roda, revestida com uma estrutura de apoio para os pés, e se movem com o controle do peso do corpo do seu condutor. A tecnologia self-balance utiliza um giroscópio eletrônico como estabilizador, em conjunto com um acelerômetro e placas de comando, tudo isso garante uma experiência extremamente eficiente.

É um equipamento “verde” que não agride o meio ambiente e ainda gera uma enorme economia no custo de transporte diário. Por exemplo, uma pessoa que precisa se locomover e média 15km por dia, totalizando 450km mês, gasta em média apenas R$ 9 mensais, com o custo da energia para o carregamento, sendo uma alternativa mais barata que bancar os custos mensais de um carro ou de passagens de transporte público.

O custo dos veículos varia de R$ 3 mil a R$ 30 mil, dependendo do modelo. O mercado do veículo ainda não é muito explorado no Brasil. Para quem mora na capital, a aquisição é possível apenas pela internet.

Pela regulamentação

Um dos objetivos do grupo da capital é trabalhar para incluir o monociclo no Código Trânsito Brasileiro. Atualmente, esse tipo de veículo só pode ser usado em ruas, calçadas, ciclovias e ciclofaixas, desde que repeitado o limite máximo de 25km por hora. A iniciante na modalidades Angelina Freitas espera que com uma legislação será possível trafegar com mais segurança outras vias além das destinadas a bicicletas.

A servidora pública atualmente trabalha de casa, mas presta serviço presencial pelo menos duas vezes na semana. O trajeto da sua casa no Cruzeiro até o local de trabalho, na Esplanada dos Ministérios, é o objetivo determinado pela novata com menos de um mês de uso: “Ainda não consigo andar tão bem assim, mas meu objetivo é de conseguir ir até meu trabalho”, divide.

A praticidade é outro ponto que conquista os usuários. Por ter um tamanho compacto, o veículo pode ser levado para diversos lugares e ocupa pouco espaço. Consigo guardá-lo em qualquer lugar, semelhante a uma mala de viagem”, ressalta o servidor público Josué Machado Ribeiro, 23.

Além de locomover os usuários de forma rápida, o monociclo também encanta pessoas preocupadas com as questões ambientais. “Vou aonde almejo ir e não gasto com combustíveis fósseis, o que contribui para um meio ambiente sustentável”, ressalta Josué, que começou a andar de monociclo para melhorar a resistência a situações novas e lidar com a ansiedade que lhe é causada. Liberdade e leveza definem o sentimento dos apaixonados pelo modal elétrico que conquista cada vez mais adeptos em Brasília.

*Estagiária sob a supervisão de Márcia Machado

Você sabia…

… que o monociclo foi patenteado em 1930, em Taunton na Inglaterra, pelo inventor John Archibald Purves, e que o veículo foi inspirado em desenhos de Leonardo da Vinci?

Fonte: Correio Braziliense

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Jornalista

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