Após o registro do primeiro caso, governo detalhou próximos passos para impedir o avanço do vírus H5N1. Autoridades tranquilizaram a população sobre o risco da transmissão entre pessoas e com relação ao consumo de carne e de ovos inspecionados
O Governo do Distrito Federal (GDF) detalhou, na terça-feira (4/6), os próximos passos para impedir o avanço da gripe aviária. Na terça-feira, exames confirmaram o primeiro caso na capital. Testes realizados em um irerê (espécie de marreco), encontrado morto no Zoológico de Brasília, deram positivo para o vírus H5N1, causador da doença. O local está fechado até 13 de junho.
Em coletiva no Palácio do Buriti, o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri), Rafael Bueno, disse que a equipe de defesa da pasta e os veterinários do Zoo vão monitorar todas as aves do parque, observando sinais clínicos. Os animais de vida livre que passam pelo zoológico também serão monitorados.
Segundo Bueno, não foram identificadas outras aves com sintomas da doença em um raio de três quilômetros do local onde encontraram o irerê morto. “Visitamos todos os estabelecimentos com aves e casas agropecuárias que vendem animais vivos. Não havendo nenhum caso, reabriremos o zoológico”, informou.
O secretário ressaltou que o GDF está otimista com as medidas de contenção da gripe aviária na capital. “Quando tratamos de um vírus que é altamente transmissível, e com alta letalidade, não termos outras aves com sintomas é um sinal muito positivo para nós”, disse ele, explicando que o irerê é uma espécie selvagem e migratória.
Monitoramento
Juracy Lacerda, secretário de Saúde do DF, tranquilizou a população sobre os riscos de a gripe aviária atingir as pessoas. De acordo com ele, os vírus responsáveis pela doença, o H5N1 e o H7N9, são de baixa transmissibilidade entre humanos. “Neste momento, temos que nos preocupar com quem foi exposto ou teve contato direto com algum animal contaminado pela gripe aviária. Esse é o primeiro ponto da cadeia de monitoramento da Secretaria de Saúde”, destacou.
A pasta acompanha oito pessoas que tiveram contato com a ave encontrada morta no zoológico. “São médicos-veterinários e tratadores do Zoo”, explicou Lacerda. Segundo ele, nenhum dos monitorados apresentou sinais da doença. “Sintomas gripais não necessariamente estão ligados à gripe aviária, uma vez que estamos com grande circulação de infecções respiratórias”, completou.
O secretário lembrou que o consumo de carne de aves e de ovos inspecionados é seguro, uma vez que a enfermidade é transmitida pelo contato direto com o animal infectado e o cozimento dos alimentos anula qualquer possibilidade de contágio.
Biossegurança
Rafael Bueno informou que, desde 2023, quando foi identificado o primeiro caso da doença no país, o DF adota medidas sanitárias e monitora as granjas da capital. “Negociamos com um mercado importador que é muito exigente. Por isso, os níveis de biossegurança no Distrito Federal é bastante elevado e isso nos dá tranquilidade quando falamos do consumo da carne e dos ovos desses animais, desde que preparados por cozimento ou por fritura”, afirmou .
O secretário ressaltou que a população pode ajudar a identificar sintomas da doença nas aves, sejam elas criadas em cativeiro, sejam em vida livre. “A comunidade urbana e rural deve observar animais com hábitos errôneos, ou seja, com a cabeça pendida ou caída, cambaleantes, com diarreia, tosse, espirro ou mortos, desde que não tenha contato com essas aves”, alertou.
Ao encontrar algum animal com esses sistomas, tire uma foto ou grave um vídeo e envie para a Seagri, pelo telefone (61) 99154-1539 ou para o email falecomadefesa@seagri.df.gov.br.
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