Rollemberg tenta evitar traições para aprovar reforma da Previdência
A terça-feira (5/9) será longa para Rodrigo Rollemberg (PSB), que testará como anda o controle sobre a própria base na Câmara Legislativa. Na matemática do Palácio do Buriti, o governador conseguiu apoio suficiente para aprovar, à tarde, a reforma da Previdência para servidores do GDF. Mas nos bastidores, o trabalho tem sido intenso a fim de evitar dissidências e traições.
São necessários 13 votos para aprovar o Projeto de Lei Complementar n° 122/2017, e esse é exatamente o número de distritais que o socialista contabilizava até a noite de segunda (4). Uma margem apertada para fazer passar uma matéria considerada prioritária pela atual gestão — a equipe econômica de Rollemberg diz que as mudanças na Previdência serão, já a curto prazo, um alento para as contas públicas.
O Buriti acredita na vitória, mas tem suado a camisa para favorecer os aliados. Nos corredores do poder, há uma intensa negociação por cargos em secretarias e administrações regionais. Não à toa, dos 13 distritais que devem selar o apoio a Rollemberg no plenário da CLDF na tarde desta terça (5), apenas quatro admitem publicamente que votarão a favor da reforma. A maioria não quer se desgastar com o eleitorado antecipadamente ou sem a certeza de que haverá recompensa por parte do GDF.
Na noite de segunda (4), o Metrópoles ouviu os deputados para saber como está o termômetro para a votação. O placar, até agora, está em aberto. Quatro anunciam apoio a Rollemberg publicamente, 10 prometem votar contra o PLC 122 e oito estão em cima do muro — embora três desse grupo estejam inclinados a aprovar a matéria.
É entre os supostos indecisos que o palácio deposita suas fichas. Como duas parlamentares estão de licença, o resultado tende a ser apertado, qualquer que seja o resultado.
Com informações do portal Metrópoles.