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‘Nós interrompemos um projeto nazista, fascista, que estava se formando no Brasil e vamos retomar a democracia’, afirma Agnelo Queiroz  

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Para o ex-governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), todo esforço que foi feito para retirar a presidente Dilma Rousseff do poder em 2016 está sendo revertido agora com a terceira vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista ao TaguaCei, o ex-governador destacou que o país se prepara para viver uma nova fase social, econômica e política, nos próximos anos, com o novo governo do PT.

Conforme ele enfatizou, se a “elite brasileira” tinha como projeto impedir que a população, em especial, os mais pobres, pudessem ser efetivamente atendidos pelas políticas públicas, essa intenção foi frustrada. Ainda segundo Agnelo, é comum, na história política do país, que toda vez que um governo de base popular, como são os governos do PT, chegue no poder, as classes dominantes do país se organizam para derrubar tal governo.

“A elite brasileira nunca aceitou um mandato popular. Toda vez que tem um presidente com compromisso com o nosso povo, e que toma medidas para o lado dos trabalhadores, sempre tiveram intervenções”, diz. Agnelo lembra que essas “intervenções” ocorreram com os presidentes Getúlio Vargas – que teria se matado, em agosto de 1954, depois de perceber as conspirações que faziam contra seu governo –, Juscelino Kubistchek – que só assumiu a presidência depois que o general Teixeira Lott deu o chamado “golpe preventivo”, isso em 1955, impedindo assim um golpe tramado pelos militares que não aceitavam a vitória de JK –, com João Goulart – que foi deposto em 1694 pelos militares – e, agora, com a ex-presidente Dilma – que sofreu um impeachment, segundo Agnelo, não só com o apoio das elites, mas também do Judiciário brasileiro e do Departamento de Estado dos Estados Unidos.

“Essa elite nunca aceitou [um governo popular] por quê? Porque o povo estava incluído socialmente, nosso povo estava comendo, nosso povo estava se alimentando, estudando, indo para as universidades, os negros tendo oportunidades, os setores mais excluídos da sociedade estavam participando”, diz. “O golpe [contra a Dilma] veio para destruir a democracia brasileira, destruir nossas empresas competitivas no mundo, destruir o marco regulatório do petróleo e pulverizar a exploração do petróleo, eles vieram com toda ferocidade para destruir a nossa economia”, explica o ex-governador.

Governo Lula

Agnelo, que conhece pessoalmente Lula e já foi seu ministro do Esporte em 2003, diz não ter dúvidas de que o futuro governo de Lula será marcado por pontos positivos que refletirão rapidamente na melhoria da qualidade de vida da população. Segundo Agnelo, na base do governo, estará a prioridade de acabar com a fome que voltou a assolar o país já no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) e se intensificou – hoje são mais de 30 milhões de pessoas na extrema pobreza – no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Nosso primeiro objetivo é acabar com a fome. É o compromisso com quem mais precisa, com o nosso povo, com a nossa gente. O povo brasileiro teve a inteligência de eleger Lula e restabelecer a democracia, que é um bem maior que nos conquistamos a duras penas”, lembra Agnelo.

Para o governo, o primeiro ano de governo de Lula será destinado em colocar a casa em ordem. Segundo ele, como já tem sido mostrada por toda imprensa nacional, o governo de Bolsonaro realizou diversos cortes no orçamento que praticamente impossibilita o novo governo de realizar políticas públicas básicas, como compra de merenda e de remédios da farmácia popular.

“Ao atingir a nossa democracia, eles [os apoiadores do presidente] pariram uma besta-fera que foi esse Bolsonaro [Jair], esse período horroroso que nós passamos. Mas nós conseguimos interromper esse projeto nazista, fascista, que estava se formando no Brasil e agora vamos retomar a democracia”, diz.

A respeito da formação dos ministérios e de que poderá ser a composição dos quadros do futuro governo, Agnelo acredita que será um governo que atenderá todas os partidos que apoiaram a candidatura de Lula. “Esse não vai ser um governo do PT, vai ser um governo da frente ampla, porque nós ganhamos com muitos aliados. E se não tivesse unido, não teria ganhado”, afirma.

A respeito das manifestações nas frentes dos quartéis do Exército, o ex-governador do DF lembra que trata-se de uma parcela pequena da sociedade que ainda não entendeu que o país vive numa democracia e não quer a volta da ditatura militar. “Como são setores ditatoriais, que não gostam de democracia, que não respeitam a democracia, não têm tolerância, destila ódio na sua prática cotidiana, nós vamos ter que enfrentar isso ainda”, explica.

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Jornalista

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