8 de janeiro: laboratório no Alvorada restaura obras depredadas
No espaço montado no subsolo do palácio, obras do acervo da Presidência, depredadas por extremistas, são revitalizadas e recuperadas
Prestes a completar um ano dos ataques golpistas às instituições na Praça dos Três Poderes, no 8 de janeiro, um laboratório montado no subsolo da capela do Palácio da Alvorada trabalha para revitalizar e recuperar obras de patrimônio público depredadas pelos atos de vandalismo. No total, 20 obras serão restauradas.
Segundo o Planalto, o processo de restauro das obras artísticas do acervo da Presidência se tornou possível a partir de um Acordo de Cooperação Técnica com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que assumiu os custos. Os trabalhos são realizados por uma equipe de 10 restauradores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Três das obras também receberam cuidados de profissionais das equipes da diretoria de Engenharia e Patrimônio/Secretaria-Geral e da diretoria curatorial dos Palácios Presidenciais: a Escultura de ferro de Amilcar de Castro; a marquesa em metal e palha de Anna Maria Niemeyer; e a mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues.
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O relógio Balthasar Martinot Boulle, do século XVII, e a caixa de André Boulle, destruídos durante os atos de vandalismo, serão revitalizados a partir de um Acordo de Cooperação Técnica formalizado com a Embaixada da Suíça no Brasil.
A Embaixada apresentou à Presidência da República uma iniciativa de restauração do patrimônio, parte fundamental da identidade e da memória do país. Um produtor suíço de relógios de longa tradição e experiência ofereceu o apoio de alguns dos maiores especialistas e artesãos para a restauração.
Numa primeira avaliação, levando em conta os graves danos sofridos e as características e complexidade do relógio, identificou-se que será necessário o engajamento de vários especialistas.
Custo de R$ 297 mil
A gestão presidencial tem estabelecido contratos de manutenção predial, envolvendo tanto correções quanto prevenções em caráter contínuo, como reparos na parte elétrica, vidraçaria, divisórias especiais (portas e divisórias), pintura, bancadas e tampos de mármore, peças sanitárias, gradil e elevador danificado. O total gasto na reforma foi superior a R$ 297 mil.
As Obras
O Iphan produziu laudos sobre o estado de conservação dos bens danificados, em especial os seguintes:
» Pintura sobre tela As mulatas, de Emiliano Di Cavalcanti
» Escultura em bronze O flautista, de Bruno Giorgi
» Escultura em madeira, de Frans Krajcberg
» Relógio histórico de Balthazar Martinot
» Pintura sobre madeira Bandeira, de Jorge Eduardo
» Escultura de ferro de Amilcar de Castro
» Mesa imperial em madeira
» Marquesa em metal e palha, de Anna Maria Niemeyer
» Retrato de autoria não identificada
» Ânfora portuguesa em cerâmica esmaltada
» Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues
» Pintura abstrata de autoria não identificada
» Pintura de batalha de autoria não identificada.
Com informações do Correio Braziliense
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