DF teve ‘pior resultado do país’ no varejo em 2018, diz estudo; emprego caiu 0,4% no setor
O setor varejista do Distrito Federal teve o pior resultado do país em 2018, aponta um estado divulgado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Segundo as tabelas, o DF até teve saldo positivo na abertura de lojas, mas o mercado de trabalho no setor encolheu.
Entre janeiro e dezembro de 2018, o saldo de estabelecimentos foi positivo – 57 lojas adicionais entraram na rede varejista do DF. Na série histórica, esse foi o primeiro resultado positivo do DF desde 2014.
O economista-chefe da CNC, Fábio Bentes, diz entretanto que esse número foi o pior registrado no país. O problema tem a ver com o tamanho das equipes.
“No ano passado, houve um saldo negativo de 557 vagas no varejo. Houve um encolhimento de 0,4% na força de trabalho em comparação com 2018 e 2017”, diz Bentes. Ou seja, mesmo com mais lojas, o número de vagas para trabalhar no varejo caiu.
De acordo com o economista, o DF está em uma “recuperação lenta”, e atingiu um patamar de estabilidade em 2018. Ainda segundo Bentes, os segmentos com maior crescimento no DF foram supermercados, farmácias e perfumarias, e utilidades domésticas. O resultado reflete a média nacional.
Série histórica mostra resultado do varejo no DF, ano a ano — Foto: Confederação Nacional do Comércio/Divulgação
Desemprego alto
O economista-chefe da CNC diz acreditar que a expansão do número de lojas tem relação direta com o desemprego. “Muitos vão [abrir comércios] pela necessidade, e não, pela oportunidade.”
O problema, segundo ele, é que muitos desses novos negócios são criados no setor de serviços, e não no varejo. Com isso, os números do setor de venda direta ficam ainda mais prejudicados nos balanços mensais.
O advogado Oscar Sena, de 55 anos, é um desses novos empresários. O morador de Brasília trabalhava em um escritório de advocacia quando foi demitido e, então, resolveu abrir uma barbearia na Asa Norte.
O empreendedor diz estar confiante: “A gente cresce mês a mês. Minha expectativa é continuar com esse crescimento e, em 2019, abrir uma segunda loja”.
Fonte: G1.