Tragédia em Brumadinho: bombeiros do DF são convocados para ajudar em buscas
Uma equipe de 18 bombeiros militares do Distrito Federal segue na manhã desta quarta-feira (6) em direção a Brumadinho, em Minas Gerais, para auxiliar na busca de vítimas da tragédia envolvendo o rompimento da barragem da Vale.
A missão deles é localizar e recuperar de corpos soterrados pela lama. Eles vão a bordo de cinco carros da corporação, junto com quatro cães farejadores treinados para situações do tipo.
A expectativa é de ficar pelo menos 15 dias, podendo renovar por mais 15. No local, o grupo de Brasília vai seguir o comando da corporação de Minas.
Cinco destes bombeiros do DF são especialistas em resgates com cães. O grupo já atuou nos escombros deixados pelo terremoto que atingiu o Haiti em 2010.
Os militares também foram destacados para a região serrana do Rio de Janeiro depois dos deslizamentos de terra em 2011.
Segundo o tenente-coronel Moisés Barcelos, responsável pelo setor de busca e salvamento, o Corpo de Bombeiros do DF ofereceu ajuda no mesmo dia do rompimento da barragem.
“O comandante-geral ofereceu nosso apoio na sexta-feira, no dia da ocorrência [25 de janeiro]. Os bombeiros de Minas disseram que seria demandado quando tivesse necessidade”, afirmou Barcelos.
“Na sexta, enviaram a documentação necessitando. Foi feita toda a parte administrativa e operativa, como escolha do pessoal, material, viaturas e estamos fazendo nosso embarque hoje devido à demanda de Minas Gerais.”
Tragédia em MG
A barragem da Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), rompeu no último dia 25 de janeiro, e deixou um rastro de lama, pessoas mortas, desaparecidas e destruiu casas na região.
A lama atingiu a área administrativa da Vale, responsável pelo empreendimento, um refeitório e parte da comunidade da Vila Ferteco. Nesta terça-feira (5), 12º dia de buscas da tragédia de Brumadinho, o número de mortes confirmadas subiu para 142, com 122 corpos identificados. Agora, segundo os Bombeiros, são 194 desaparecidos.
Vazaram 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos – na tragédia de Mariana, há 3 anos, foram 43,7 milhões, segundo o presidente da empresa, Fábio Schvartsman.
Números da tragédia
- 142 mortos confirmados – 122 identificados (veja a lista)
- 194 desaparecidos (veja a lista)
- 192 resgatados
- 394 localizados
Fonte: G1.