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Cresce participação feminina no mercado de trabalho

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A taxa de participação feminina no mercado de trabalho aumentou na comparação entre os anos 2017 e 2016. O dado foi apresentado nesta terça-feira (6), na Casa da Mulher Brasileira.

Entre as mulheres, o índice passou de 59,1%, em 2016, para 59,9% em 2017. O maior aumento foi relacionado ao grupo com 60 anos ou mais (de 13% para 14,2%). Entre as responsáveis por manter a família, o número passou de 56,7% para 59,4%.

Ainda assim, as mulheres representam mais da metade do total de desempregados no Distrito Federal (52,8%). A taxa de desemprego passou de 19,7% em 2016, para 21,1%, em 2017.

Essa elevação ocorreu “em ritmo menos intenso se comparado a 2016 e 2015, porque o desemprego naquela época cresceu muito, e o mercado de trabalho estava totalmente desestabilizado”, avaliou a coordenadora da Pesquisa de Emprego e Desemprego no DF, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Adalgiza Amaral.

A mostra, que atualiza os indicadores sobre a inserção feminina no mercado de trabalho, baseia-se nos dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal.

O estudo foi produzido pela Secretaria de Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos e pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Diferenciação entre gêneros

Apesar de o nível de ocupação ser favorável para ambos os sexos, o total de ocupados em 2017 foi estimado em 1,3 milhão de pessoas, sendo 47,3% de mulheres e 52,7% de homens.

Por atividade, 80,5% das mulheres ocupadas estão no setor de serviços; 15,5% no de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas; e 2,7% no de indústria de transformação.

Quanto ao nível de instrução, houve manutenção do comportamento histórico de as mulheres serem mais escolarizadas que os homens.

A maior desigualdade de ganhos mensais, em 2017, foi observada entre os autônomos, com as mulheres recebendo apenas 71,8% do rendimento masculino

Elas apresentam maior tempo de estudo, sendo 37,5% com ensino superior completo, enquanto 32,1% dos homens ocupados têm esse nível de escolaridade.

Mesmo assim, de acordo com o estudo, os rendimentos femininos permanecem inferiores aos masculinos.

A maior desigualdade de ganhos mensais, em 2017, foi observada entre os autônomos, com as mulheres recebendo apenas 71,8% do rendimento masculino. Entre os assalariados, a menor distância está no setor público (85,2%).

O rendimento médio real das mulheres ocupadas equivalia a R$ 2.899, enquanto o dos homens a R$ 3.782. Entretanto, a jornada semanal média de trabalho dos homens (41 horas) é maior do que a das mulheres (39 horas).

Se analisado o rendimento médio real por hora, o das mulheres aumentou 1,2%, passando a corresponder R$ 17,37. Já o dos homens, permaneceu em R$ 21,55.

As mulheres ocupadas estão inseridas principalmente (70%) no emprego assalariado. O setor privado com carteira de trabalho assinada abrange 39,8% das ocupadas, o setor público, 22,2%. O emprego doméstico e a ocupação autônoma representaram 13,1% e 11%.

 

Com informações Agência Brasília.

 

Jornalista

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