Ednaldo Rodrigues volta à mira do STF
A situação de Ednaldo Rodrigues à frente da CBF voltou a ser contestada judicialmente após uma série de escândalos recentes. Nesta semana, a deputada federal Daniela do Waguinho (União), que ocupou o cargo de ministra do Turismo no governo Lula, protocolou uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando o afastamento imediato do dirigente. O documento contesta a validade do acordo que sustentou seu retorno à entidade, após decisão liminar proferida pelo ministro Gilmar Mendes em janeiro de 2024.
O pedido da parlamentar baseia-se em um indício de suposta falsificação na assinatura do Coronel Antônio Carlos Nunes — ex-presidente interino e VP da CBF. Incluída no acordo homologado, a rubrica teve papel central na recomposição interna da entidade. Contudo, a análise grafodocumentoscópica da perita Jacqueline Tirotti apontou “impossibilidade de vinculação do punho do Coronel” ao documento. Ou seja, apresenta “fragilidade” quanto à autenticidade da assinatura atribuída a Nunes.
Uma avaliação médica feita pelo neurocirurgião Jorge Pagura, presidente da comissão médica da CBF, também pesa contra validade do acordo. Isso porque em 2023, o doutor atestou que o Coronel apresentava déficit cognitivo decorrente de um tumor cerebral. Leva-se em conta, portanto, sua capacidade de consentimento no momento da assinatura. Este parecer embasou outra ação judicial, que tratava da pensão alimentícia da aposentadoria de Nunes.
Ednaldo Rodrigues na mira do STF
Daniela sustenta que “o documento carece de correto consentimento” e afirma que a assinatura é “inautêntica”. Para ela, a anulação do acordo homologado pela Justiça do Rio de Janeiro — e posteriormente referendado pelo STF — pode resultar no afastamento de Ednaldo da presidência da entidade.
O objetivo é, inclusive, derrubar os efeitos da liminar concedida por Gilmar Mendes. Segundo a deputada, as condições que sustentaram a decisão do ministro não existem mais, já que a Seleção, por exemplo, ficou fora dos Jogos Olímpicos de Paris por não ter se classificado em campo. Ou seja, contrariando a argumentação que embasou a urgência do retorno de Ednaldo à presidência.
No mesmo contexto, o vereador Marcos Dias (Podemos-RJ) também ingressou com representação junto ao Ministério Público do Rio de Janeiro pedindo a investigação da assinatura atribuída a Nunes. A ação política ganhou força nos bastidores e no Congresso Nacional, onde o deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN) já propôs uma audiência pública na Comissão de Esportes da Câmara para tratar do tema. A votação sobre esse requerimento está prevista para ocorrer nesta quarta-feira (07).
Supremo Tribunal Federal
O STF, por sua vez, marcou para o dia 28 de maio a retomada do julgamento do processo que envolve diretamente o mandato de Ednaldo. Anteriormente, o ministro Flávio Dino havia pedido vista dos autos, o que suspendeu o andamento da ação no plenário da Corte. A nova denúncia, contudo, introduz um elemento adicional que poderá impactar o debate jurídico e político sobre a liderança da principal entidade do futebol brasileiro.
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