A diabetes gestacional pode trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê e exige acompanhamento médico. Saiba como prevenir
A diabetes gestacional é uma condição que pode surgir durante a gravidez e é caracterizada por uma resistência à insulina desencadeada pelos hormônios da placenta. Por isso, a gestante não consegue controlar adequadamente os níveis de açúcar no sangue.
Embora temporária, ela pode trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê e exige acompanhamento médico. Para a mãe, aumenta o risco de pré-eclâmpsia (caracterizada por pressão arterial elevada), parto prematuro, cesariana e desenvolvimento de diabetes tipo 2 no futuro.
Já para o bebê, pode causar macrossomia, quando o feto cresce demais e dificulta o parto, hipoglicemia neonatal, icterícia, distúrbios respiratórios ao nascer e maior predisposição à obesidade e diabetes tipo 2 na vida adulta.
Diabetes gestacional
- A diabetes gestacional é uma alteração do metabolismo provocada por hormônios produzidos pela placenta que interferem na ação da insulina, substância responsável pelo controle do açúcar no sangue.
- Todas as mulheres que engravidam estão expostas ao risco de ter a condição.
- No entanto, a diabetes gestacional é mais frequente nas que têm histórico familiar da doença, estão acima do peso ou ganhando muito peso na gestação.
- Também é mais comum em gestantes mais velhas, que têm ovários policísticos, que já apresentaram diabetes gestacional em outra gestações, estão grávidas de gêmeos ou deram à luz a bebês muito grandes anteriormente.
Sintomas da diabetes gestacional
Segundo o médico Wandyk Alisson, da Clínica Eclissée, em Balneário Camboriú, os sinais da diabetes gestacional mais comuns incluem sede excessiva, urinar com frequência, fadiga, visão embaçada e aumento do apetite.Play Video
“Como muitos desses sintomas são normais da gestação, o rastreamento com exames laboratoriais é essencial, mesmo que a gestante não apresente sinais clínicos”, alerta.
A ginecologista e obstetra Monique Novacek, da Clínica Mantelli, em São Paulo, reforça que, na maioria das vezes, a condição é assintomática e descoberta apenas por alterações nos exames de rotina.
“Mas, quando ocorre um ganho de peso excessivo, um bebê que está acima da média de crescimento ou um líquido amniótico muito aumentado podem levantar suspeitas e antecipar a realização de exames”, afirma.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é feito por meio do teste oral de tolerância à glicose (TOTG), conhecido como curva glicêmica, geralmente entre a 24ª e a 28ª semana de gestação.
“Se a paciente estiver em grupo de risco, como obesidade, histórico familiar ou síndrome dos ovários policísticos, o rastreamento pode ser feito já no início da gravidez”, explica Wandyk.
O exame mede a resposta do organismo após a ingestão de uma solução com glicose. São feitas três coletas de sangue: em jejum, uma hora e duas horas depois de tomar o líquido.
Quando o diagnóstico é confirmado, o acompanhamento pré-natal passa a ser mais frequente. “Ela é classificada como uma gestante de alto risco e o controle da glicemia precisa ser rigoroso”, esclarece a ginecologista.
De acordo com Monique, o médico vai monitorar o nível de açúcar no sangue, o ganho de peso do bebê, o líquido amniótico, a alimentação e a rotina da gestante.
O tratamento varia conforme cada caso e nem sempre envolve o uso de medicamentos. “Às vezes, só a mudança de hábitos, como ajuste na alimentação e intensificação da atividade física, já permite controlar a glicemia. Caso isso não aconteça, a gente vai optar sim pelo uso da insulina, mas não são todas as diabéticas que vão precisar”, ensina a médica.
Como prevenir a condição?
Apesar dos riscos, é possível adotar estratégias para reduzir as chances de desenvolver a doença. “Hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, controle do peso e acompanhamento médico desde o início da gestação fazem diferença”, orienta Wandyk.
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