Grupo julgado pela Primeira Turma do STF nesta terça-feira (6/5) é apontado como o responsável por disseminar fake news contra as urnas
Representando a Procuradoria-Geral da República (PGR) no julgamento do núcleo 4 da tentativa de golpe de Estado, a subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques apontou, na manhã desta terça-feira (6/5), as reiteradas tentativas dos denunciados de atacar o processo eleitoral com o objetivo de manter Jair Bolsonaro no poder. Ela também citou o suposto uso da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para a prática de crimes.
Cláudia mencionou a representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para verificação das urnas, que “tinha por objetivo obter anulação dos votos com dúvidas fabricadas antes de 2020”. “Todos (os denunciados) agiram em comunhão de esforços com os integrantes dos núcleos 1, 2 e 3, para, sob grave ameaça, manter-se no poder”, afirmou.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou, hoje, o julgamento de mais sete acusados de participar da tentativa de golpe de Estado. Os alvos são os integrantes do chamado núcleo 4 — apontados como responsáveis por organizar ações de desinformação nas redes sociais sobre o processo eleitoral.
Os acusados são:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército);
- Ângelo Martins Denicoli (major da reserva);
- Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente);
- Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel);
- Reginaldo Vieira de Abreu (coronel);
- Marcelo Araújo Bormevet (policial federal);
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do presidente do Instituto Voto Legal).
A subprocuradora afirmou que o grupo disseminou mentiras sobre as urnas eletrônicas, atacou autoridades públicas e pressionou as Forças Armadas para tentar anular o resultado das eleições de 2022. “Toda estrutura necessária para uma organização criminosa. Todos agiram para que houvesse um golpe de Estado. Não há como dizer que houve um excesso acusatório”, destacou.
Acompanhe ao vivo:
Nessa fase processual, a Turma examina apenas se a denúncia atende aos requisitos legais mínimos exigidos pelo Código de Processo Penal para a abertura de uma ação penal, ou seja, se a acusação apresenta provas da prática de crimes e indícios de sua autoria.
“Todos estavam cientes”
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o material produzido pelo grupo era repassado para influenciadores digitais, que disseminavam as notícias falsas sobre as eleições.
“Eles (integrantes do núcleo 4) propagaram notícias falsas sobre o processo eleitoral e realizaram ataques virtuais a instituições e autoridades que ameaçavam os interesses do grupo. Todos estavam cientes do plano maior da organização e da eficácia de suas ações para a promoção de instabilidade social e consumação da ruptura institucional”, diz a denúncia apresentada pela PGR.
Até o momento, 14 acusados viraram réus pela trama golpista. Entre eles, Jair Bolsonaro, que é apontado como na denúncia como o líder do chamado “núcleo crucial”. Segundo o órgão, o ex-chefe do Planalto tinha ciência e participação ativa em uma trama golpista para se manter no poder e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Também é descrito um plano de assassinato contra autoridades e o apoio aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 como a última cartada do grupo criminoso.
Quer ficar por dentro do que acontece em Taguatinga, Ceilândia e região? Siga o perfil do TaguaCei no Instagram, no Facebook, no Youtube, no Twitter, e no Tik Tok.
Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre Ceilândia, Taguatinga, Sol Nascente/Pôr do Sol e região por meio dos nossos números de WhatsApp: (61) 9 9916-4008 / (61) 9 9825-6604.
- Defesas alegam fragilidade nas denúncias por golpe e pedem pela rejeição
- Alckmin defende diálogo com EUA em meio à guerra tarifária
- Primeira Turma rejeita suspeição de Moraes: “Estou magoado”, diz ministro
- Núcleo 4 atuou para tentar manter Bolsonaro no poder, diz PGR
- Mulheres com medida protetiva no DF terão acesso ao Passe Livre no transporte público
Deixe um comentário