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“O objetivo é derrotar Ibaneis”, defende presidente do PT-DF

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Ao programa CB.Poder, Jacy Afonso mostra confiança na candidatura de Leandro Grass e na aliança formada com o PV e o PCdoB. Ele espera um desempenho surpreendente nas eleições deste ano, tendo à frente a campanha do ex-presidente Lula

Jacy Afonso é presidente do Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal (PT-DF) – (crédito: Ed Alves/CB)

As composições partidárias estão praticamente definidas para as eleições de outubro, com forte articulação na oposição para derrotar o atual governador Ibaneis Rocha (MDB), também executando uma força local para que a esquerda na capital federal ganhe força para apoiar o ex-presidente Lula nas urnas”. É o que defendeu o presidente do PT-DF, Jacy Afonso, em entrevista na edição dessa terça-feira (5/7) do CB.Poder — programa do Correio em parceria com a TV Brasília, com apresentação da jornalista Ana Maria Campos. “A nossa atuação foi muito forte. Mesmo com a pandemia, nós fizemos ações de forma coordenada com os partidos (da federação). Isso que está acontecendo hoje é fruto de um processo que a gente já tem feito no PT”, destacou Jacy Afonso.

Você tem a missão de coordenar uma candidatura da federação (com o PT, o PV e o PCdoB). Foi difícil definir a equipe?

Constituímos a federação no Brasil inteiro, o que significa que é mais que uma aliança, é um compromisso pelos próximos quatro anos em todas as cidades do Brasil. Acredito muito nessa oposição, mas queríamos que o PSB também estivesse. Foi um longo processo de debate interno com os partidos e chegamos a essa concertação. São pré-candidatos de excelente qualidade.

Essa legislação que criou a federação, aprovada ano passado, já trouxe uma novidade para o PT no DF, que abriu mão de uma candidatura própria, apoiando um candidato do PV. Foi difícil essa decisão?

Desde o ano passado, nas reuniões do diretório, de março a dezembro, aprovamos todas as resoluções por consenso, no PT. Isso porque o nosso objetivo número 1 é eleger Lula presidente da República. Portanto, o diálogo com os outros partidos passava por isso. Aprovamos também, por unanimidade, que não teríamos uma prévia no PT, para indicar um candidato ao governo (do DF) ou ao Senado. Esse exercício da direção do partido é um consenso progressivo, que foi difícil e inovador, mas com muita convicção. Os nossos objetivos de buscar esse consenso era maior do que as nossas diferenças, e todo mundo teve a percepção de que o foco maior é eleger o Lula e derrotar o governador (Ibaneis Rocha).

A construção está consolidada? Essa chapa vai até o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral?

Fizemos todo esforço. Até um determinado momento, o PSB nacional não colocava como prioridade a candidatura do Rafael Parente. Assim como os outros partidos, com essa nova legislação eleitoral, a eleição para deputado federal ficou mais importante. O objetivo do PSB, que nunca foi escondido por eles, é do seu principal líder, Rodrigo Rollemberg, ser eleito deputado federal. Até a semana passada estabelecemos um prazo de diálogo suficiente.

A militância do PT é muito aguerrida, principalmente com o Lula como candidato. Acha que esse sentimento vai se engajar na candidatura do Leandro Grass?

Tenho certeza. Leandro é um extraordinário parlamentar. Acho que nunca teve um parlamentar de primeiro mandato com tanta atuação, com tanto trabalho. E nós temos uma sindicalista extraordinária (Rosilene Corrêa, PT, no Senado) de uma categoria importante (os professores), portanto queremos inovar nessa dobradinha completando com a companheira Olgamir (Amancia, professora da UnB e indicada pelo PCdoB para ser vice-governadora).

Está prevista a vinda do ex-presidente Lula a Brasília no dia 12. O que vocês estão programando para esse dia?

Sempre que o Lula vem a Brasília, ele tem dois tipos de agenda: uma nacional, por aqui ser a capital da República e uma agenda política aqui na cidade com a militância. Então, vai ser muito importante. Vamos ter também, no dia 12, um encontro do Lula com os parlamentares que o apoiam. Fiz uma sugestão para a coordenação nacional do PT para a gente reencontrar ex-parlamentares, que ao longo dessa história estiveram com Lula, Dilma e o partido. Vamos convidar Maria Laura, Maninha, pessoas que foram importantes e que têm uma representatividade assim como os outros. É uma simbologia. 

Você acredita que o ex-presidente Lula pode ganhar a eleição no primeiro turno?

Acredito. Há todo um movimento da sociedade de uma unanimidade. O Lula está tendo essa capacidade de envolver muita gente, inclusive no DF. Pessoas que não estarão com nós, na nossa chapa, na nossa estratégia local, mas que apoiam o Lula.

Fonte: Correio Braziliense

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Jornalista

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