Antecipação de eleição da Mesa é selada e futuro da vice-presidência é dúvida
A antecipação da eleição da Mesa Diretora e das comissões da Câmara Legislativa está selada. Em reunião com os deputados distritais, nesta segunda-feira (5/8), que começou com um almoço e atravessou a tarde com a tradicional reunião de líderes, parlamentares e o presidente da Casa, Wellington Luiz (MDB), concordaram com a manutenção de todas as posições. A única discordância partiu do deputado Roosevelt Vilela e do PL nacional, que quer a vice-presidência.
O encontro foi proposto pelo chefe do Legislativo local e contou com a presença da maioria dos distritais, que concordaram em realizar os últimos ajustes de consenso para que o plebiscito ocorra ainda esta semana. “Existe uma probabilidade grande de nos reunirmos na quarta-feira para antecipar as eleições. Amanhã (terça-feira), vamos nos reunir, após o encerramento da sessão, discutir com todos os deputados e consolidar essa data. E, estamos muito próximos de um acordo”, anunciou Wellington Luiz.
A princípio, os distritais deixaram acordado, além da manutenção dos postos de comando, a criação da segunda vice-presidência, que ficará responsável pela Escola Legislativa, e a Quarta Secretaria, sem definição de suas funções até o momento. Ambas deverão ser ocupadas por parlamentares mulher, sendo a primeira pela distrital Paula Belmonte (Cidadania) e a outra ficaria entre a deputada Jaqueline Silva (MDB) ou Dayse Amarílio (PSB).
Os deputados acertaram, ainda, o desmembramento da Comissão de Educação, Saúde e Cultura (Cesc), em pelo menos duas, isolando a de Saúde.
Mesmo tendo consenso entre a maior parte dos deputados, a orientação do PL nacional para que o deputado Roosevelt Vilela entrasse na disputa pela vice-presidência, ocupada pelo distrital Ricardo Vale (PT), causou um clima indigesto no almoço. Segundo colegas, há uma pressão sobre os membros da ala “conservadora” da Casa, que, ao menos durante o encontro, não se posicionaram diante do pretendente à vaga.
Roosevelt, por sua vez, saiu mais cedo. Por telefone, ela não quis alongar seu posicionamento, mas deixou claro que obedece a determinação de sua sigla. “Coloquei meus argumentos e ficou acordado que a eleição será na quarta-feira. Como cada um vai votar, só saberemos na hora do voto mesmo”, afirmou sem dar maiores detalhes sobre como conquistará a adesão de colegas.
Caso insista em tentar se eleger para a vice-presidência, Roosevelt Vilela pode inclusive perder a Segunda Secretaria, comandada por ele e que tem nas mãos o orçamento de manutenção da Câmara Legislativa. Sendo assim, apenas as duas posições entrariam passariam pela disputa do sufrágio.
“Estamos construindo uma solução. Ainda vou conversar com o Roosevelt, conversei com o deputado Ricardo e vamos tentar chegar a um acordo para que todos sejam contemplados. A ideia é acontecer como foi na nossa primeira eleição, que não haja divergência e sim um acordo que todos votem harmoniosamente”, apaziguou Wellington.
Truco
“Temos um acordo de manter todas as posições. Apenas a Segunda Secretaria, na Mesa, que mudaria. Não há um clima ruim, pois todos nós temos acordo”, garante Chico Vigilante (PT), que acredita que a pasta possa voltar para Robério Negreiros (PSD), que passou pelo cargo em outras gestões.
Apesar de velada, algumas divergências estão sendo tratadas nos corredores. Um parlamentar que não quis se identificar garante que não é somente o PT que está preocupado com a perda de espaço. Distritais do MDB — maior bancada da CLDF e partido do governador Ibaneis Rocha — teme que nos acordos, os parlamentares que não compõe a Mesa Diretora possam pedir espaços ocupados pelos emedebistas para darem apoio à continuidade de Wellington Luiz à frente da Casa.
Antecipação
Segundo os parlamentares, a antecipação leva em consideração futuras disputas dentro e fora da Câmara Legislativa, seja nas eleições de 2026 seja para outras posições políticas dos poderes do Distrito Federal. A consequência de uma possível disputa ideológica poderia comprometer o funcionamento da Casa, que na visão dos parlamentares poderia acabar com o clima de tranquilidade.
“A Casa vai prezar pela harmonia entre todos. Pode gerar mudanças em uma ou outra área, mas tudo deve ficar como está e votaríamos apenas a vice-presidência”, aponta Dayse Amarílio.
“Foi uma iniciativa de alguns deputados que entenderam que talvez no final do ano tenha um clima mais acirrado. Então, faríamos uma discussão num clima mais ameno e que daria uma tranquilidade maior para o deputado definir quem serão seus representantes aqui na Câmara”, completou o presidente.
Com informações do Jornal Brasília
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