Desenrola vai até março de 2024 e renegociação digital será facilitada
A Fazenda deve enviar medida provisória ao Congresso Nacional com mudanças na próxima semana
O Ministério da Fazenda divulgou, na manhã desta quarta-feira (6/12), que o Desenrola será estendido até março de 2024. Inicialmente, o programa acabaria neste mês. A exigência de que o perfil na plataforma do governo seja prata ou ouro também será retirada para facilitar a renegociação digital.
“Na próxima semana vamos mandar uma medida provisória (MP) para o Congresso Nacional eliminando o pré-requisito de ouro e prata. Não achamos que é o maior empecilho para renegociação acontecer em ritmo ótimo, mas pode trazer algum entrave para algumas pessoas”, declarou Marcos Barbosa Pinto, secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda.
De acordo com ele, a MP incluirá, também, o pedido para estender o prazo do programa até março de 2024. O documento deve ser enviado na próxima semana.
Segundo o ministério, 40% do público apto a renegociar pelo Desenrola está classificado como bronze na plataforma gov.br. “Estamos construindo com os bancos e com a B3 um mecanismo que dê a segurança necessária na plataforma sem necessariamente ter o requisito de prata ou ouro”, acrescentou o secretário.
Outro ponto em destaque foi o mutirão do Dia D do Desenrola, que ocorreu em 22 de novembro. “O Dia D foi muito importante, a gente aumentou muito o nível de adesão da sociedade. Um dado muito interessante é que um dos dias com maior renegociação do Desenrola foi no dia do pagamento do 13º, final do mês passado [30 de novembro]. Isso mostra que a população está interessada em renegociar suas dívidas”, explicou Barbosa Pinto.
Dados do Desenrola
Ao completar dois meses da segunda fase do Desenrola, R$ 5 bilhões de dívidas foram negociadas, com R$ 4,46 bilhões de desconto, beneficiando 1 milhão de pessoas nesse período. Desde o início do programa, em julho, o número de dívidas renegociadas já totalizou R$ 29 bilhões e beneficiou 10,7 milhões de pessoas, em sua maioria (54%) mulheres.
O secretário de Reformar Econômicas também comentou que, para isso, já foi utilizado 10% do Fundo de Garantia de Operações (FGO).
Os cinco principais setores que tiveram renegociações foram os serviços financeiros (R$ 3,3 bi), as securitizadoras (R$ 513 mi) e contas de luz (R$ 143 mi). Cerca de 47% dos credores renegociou à vista a dívida, preferindo pagar o valor via Pix (75%). Já quem optou pego parcelamento, que é o maior ticket médio, preferiu utilizar boleto (91%) a débito em conta.
Com informações do Correio Braziliense
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