O filme Conclave ganha ainda mais destaque após a morte do papa Francisco, mas o que é ficção e realidade na obra cinematográfica?
Um dos destaques do Oscar 2025, o filme Conclave – adaptação de um romance homônimo – ganhou ainda mais destaque com o adoecimento do papa Francisco e a sua morte em 21 de abril, aos 88 anos.
A obra retrata um pouco do que vai acontecer a partir desta quarta-feira (7/5), dentro dos limites do Vaticano: o processo de escolha do próximo líder da Igreja Católica, chamado de conclave.
Com o falecimento de Francisco, o longa voltou a ser exibido em cinemas de cerca de 40 cidades brasileiras.
O filme também chamou atenção pela fidelidade na ambientação e nos figurinos eclesiásticos. Mas, afinal, na obra, o que é realidade ou apenas criação artística?
Pós morte
O ritual retratado no filme é verdadeiro. O quarto realmente é lacrado e o anel do pontífice é destruído.
Isolamento
Os 133 cardeais realmente ficam isolados do mundo externo durante o processo de escolha do sucessor de Francisco.
O isolamento não é total. “Todos eles precisam se alimentar, não estão totalmente hermeticamente isolados do mundo”, disse Stephen Bullivant, professor de teologia e sociologia da religião na Universidade St Mary’s, em Londres, à BBC.
No entanto, eles realmente não têm permissão para se comunicar com alguém que não esteja participando do processo. Esse afastamento é uma tradição de centenas de anos e tem o objetivo de evitar que os eleitores sejam influenciados por fatores externos.
Um desconhecido
No longa dirigido por Edward Berger, um cardeal desconhecido – e nomeado secretamente pelo papa que acabara de morrer – entra na disputa pela liderança da igreja.
De fato, qualquer homem batizado na igreja pode se tornar papa, na teoria. Contudo, todos os cardeais votantes precisam ter sido nomeados publicamente por um papa.
Votação
Apenas cardeais com menos de 80 anos podem votar ou receber votos. A arte imita a vida também no cenografia. O processo realmente ocorre na Capela Sistina, diante do Juízo Final, afresco de Michelangelo.
Os votos anônimos são lidos e depois queimados. O escolhido precisa ter pelo menos dois terços dos votos para se tornar pontífice.

Governo interino
A questão relacionada a quem fica no comando da igreja no período entre a morte do papa e a escolha do sucessor também é um acerto da obra cinematográfica.
O responsável é o camerlengo, que administra os bens do Vaticano, que, atualmente, é o cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell.
No filme, camerlengo é representado pelo cardeal Lawrence, que é interpretado por Ralph Fiennes.
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