Presidente da CLDF garante apoio à Celina Leão ao GDF e à nomeação de concursados
O JBr Entrevista — o podcast do Jornal de Brasília — desta quarta-feira (7/8) recebe o presidente da Câmara Legislativa, Wellington Luiz (MDB). Entre os assuntos abordados, o deputado falou sobre a nomeação de novos concursados, a projeção do MDB para as eleições de 2026, o futuro do governador Ibaneis Rocha, o apoio à eleição de Celina Leão (PP) ao Governo do Distrito Federal, no próximo pleito, e a eleição da Mesa Diretora, que ocorre hoje.
Confira os melhores momentos nesta matéria e a íntegra da live no link do YouTube do Jornal de Brasília.
Qual a situação do MDB na atual conjuntura do DF?
É um momento delicado presidir um partido desse tamanho ao mesmo tempo em que presidir a Câmara Legislativa não são tarefas fáceis. Mas, com o apoio dos meus colegas partidários, temos conseguido tocar bem. O MDB sempre participou como personagem principal, hoje tem o governador do DF, Ibaneis Rocha, tem seis deputados dentro da CLDF, tem o deputado federal Rafael Prudente, se mostra como um grande partido e vamos trabalhar para que isso continue.
Com tantos deputados como o senhor fará para não ocorrer uma debandada até as próximas eleições?
O MDB foi o único partido a eleger seis deputados. Uma única vez ele elegeu somente um deputado, inclusive elegendo apenas um deputado, me causando um prejuízo político, me deixando como suplente, mesmo sendo um dos mais votados. Então, é histórico eleger no mínimo três.
A ideia é definir, primeiro, qual será o papel de cada um desses parlamentares. Eu sei que tem deputado que já quer ser candidato a federal, outros querem vir à reeleição. Eu tenho certeza que vamos conseguir acomodar a todos. Precisamos de candidato a federal, porque é um espaço importante no Congresso Nacional e o MDB precisa disso. Ainda estamos discutindo e não tenho dúvida que vamos surpreender positivamente fazendo um número significativo de deputados na próxima eleição.
Como está a montagem para dar condições ao governador vir ao Senado?
Está tudo sendo conversado. Temos um desenho, é uma candidatura consolidada por tudo que será feito nos oito anos de governo Ibaneis. Estamos trabalhando e temos consciência das dificuldades que envolvem uma eleição majoritária com tantos personagens importantes, mas estamos seguros. A popularidade do governador e de sua gestão é altíssima. Agora é transformar isso em resultado e em voto e isso é possível. O governador vai para as urnas com musculatura e vai com moral de quem fez muito por Brasília.
Há bastidores de que ele foi convidado para outros partidos, como estão as conversas para a permanência?
Todos nós recebemos esses convites. Sou presidente do MDB e há uns dias outro partido me chamou e daí eu fiz o mesmo convite. Isso faz parte da política. O governador é um ótimo quadro e qual o partido que não o quer. O MDB tem trabalhado, se esforçado para que ele continue conosco, e tenho certeza que continuará. Ele será o candidato ao Senado com todo o apoio da sigla, exatamente por sabermos da importância que ele tem para Brasília e o partido está em sintonia com ele.
Quanto à candidatura da vice-governadora Celina Leão, tem algo firmado?
Tem. Esse é o caminho natural, pois a candidatura da Celina se consolida exatamente por essa razão. Existem outras, mas essa nos dá ótimos argumentos, pois ela é a vice, governou o Distrito Federal por alguns meses, fez bem o seu papel, é uma política experimentada, e não tenho dúvida que vamos criar alianças. A política vai ser definida exatamente nesses detalhes: quem conseguir juntar mais aliados de partidos importantes sairá na frente. Eu acho que a gente tem essa vantagem. O PL, o PP, o MDB, o Republicanos, o União, o Podemos e outros partidos vão estar juntos nessa caminhada. Queremos chegar em condições tanto para o Senado, com o nosso Ibaneis Rocha, quanto ao governo com a Celina Leão.
Como foram as tratativas para a antecipação da eleição da Mesa Diretora? Todos os cargos estão fechados?
Quase todos. Ainda existe a Comissão de Transparência em que ainda estamos fazendo uma discussão, na Comissão de Assuntos Sociais tem um candidato que é o deputado Rogério Morro da Cruz (PRD), e temos a Comissão de Segurança, uma vez que a deputada Doutora Jane sairá da presidência para assumir a Comissão da Mulher. A ideia era fazer isso no ano que vem, mas, em razão do momento, a ideia é já implementar a Comissão da Mulher. São discussões que serão feitas ainda hoje no plenário e são as duas situações que precisam ser resolvidas.
Como o senhor avalia a abertura desse precedente de antecipar uma eleição?
Eu acho que é indiferente, porque, antes, vamos criar um regramento para isso. Não é a qualquer momento e a eleição se dará no segundo semestre do ano, onde há a previsão para a eleição. A política vive de momento, hoje temos tranquilidade para que possamos tomar essa decisão. Temos uma polarização muito grande no Brasil, que irão influenciar diretamente. Teoricamente, não estamos contaminados com essas influências. Estamos tranquilos, o deputado consegue discutir, fazendo o papel dele, sem que haja qualquer tipo de pressão que possa atrapalhar o dia a dia da Câmara Legislativa. Cria-se um precedente que vai ajudar e não atrapalhar e para a sociedade acaba não tendo consequência nesse momento. Lá na frente, quando a polarização estiver mais latente, já teremos uma câmara mais definida, mas livre de movimentos que podem atrapalhar o movimento da Casa.
Então, como foi tratada essa questão ideológica na disputa de cargos?
Não sei se a questão foi ideológica ou partidária, pois os partidos exercem um papel fundamental no processo. O partido enxerga lá na frente e isso repercute para dentro da câmara. Mas foi uma discussão muito saudável e transparente. Ninguém escondeu a razão dessa disputa. Nós temos a vantagem de não haver eleição municipal e isso permite ao deputado continuar trabalhando e fazendo o seu papel sem debater uma eleição agora. Mais uma vez chegamos a um consenso. Diria que temos 98% da situação apaziguada, vamos tentar conseguir esses 2% que falta.
Como estão as tratativas da CLDF com o governo para a nomeação nas polícias Civil e Penal?
A resposta está no passado. Eu já ajudo a Polícia Civil há muito tempo, pois essa é a minha instituição e sempre fui eleito com o apoio dos policiais civis. Então, a pessoa por não participar do processo, às vezes, não saiba disso.
A Polícia Civil vive um grave momento com o menor efetivo da sua história, e olha que eu já vivi momentos muito difíceis. Esse hoje nos permite dizer que, se algo não for feito, pode ser que tenhamos que fechar delegacia por falta de efetivo. Precisamos aumentar efetivo, pior exemplo, na Delegacia de Proteção à Mulher e é praticamente impossível, porque você só faz isso se tirar de outra delegacia. Quando comecei no início dos anos 1990, tínhamos oito em uma delegacia no Guará, que era relativamente calma, e hoje você tem uma delegacia no centro de Brasília às vezes com três policiais em um plantão. Aumentou a criminalidade, aumentou a população, aumentou o número de delegacia e diminuiu o número de policiais. Isso é extremamente grave, pois não se combate a violência sem material humano. Evoluímos na tecnologia, mas se não tiver quem opere não adianta.
Amanhã, às 9h, eu me reúno com o diretor da Polícia Civil, com o secretário de Segurança, com os demais dirigentes da PM e dos Bombeiros para discutirmos temas como esse, como a contratação de novos servidores. A questão da Polícia Civil e da Polícia Penal tenho discutido muito a nomeação e há uma proposta de cronograma apresentado pela PCDF que eu estou acompanhando junto à Secretaria de Economia. Vejo um esforço grande dos secretários para que consigamos achar uma solução, porque isso implica em um investimento, mas tem um impacto financeiro. Estamos trabalhando para que até novembro tenhamos uma nomeação significativa para que a gente amenize o momento que essas forças vivem.
Vocês têm um número para ser chamado?
Nós já temos um número para este ano, ele está sendo apresentado pela Polícia Civil, junto à Secretaria de Economia, para que aqueles que já fizeram o curso sejam convocados. A gente defende que sejam todos, apesar das dificuldades, porque, de fato, a PCDF vive um momento delicado, como vivem as demais forças. Se eu falar de número eu posso ser leviano por não falar um quantitativo adequado. O nosso efetivo está em torno de 3 mil, mas precisamos minimamente de 5 mil a 6 mil policiais.
Como o senhor avalia a vida atualmente do servidor o que pode melhorar?
Claro que dá para melhorar e tem que melhorar. O servidor tem papel fundamental na vida do brasiliense. Precisamos entender que temos muitas dificuldades, viemos de pandemia, precisamos investir em outras áreas, como infraestrutura, na saúde e, também, são áreas prioritárias para o governo. A conta as vezes não fecha porque o gasto é muito maior que a receita e precisa ter um jogo de cintura danado. Além da contratação que precisa demais e necessário o reajuste, a inflação. Não é uma conta fácil de ser feita, Há empenho da parte do governador para isso. Existe um trabalho de todos nós para que o atual e o futuro servidor público seja bem atendido. Brasília vem de um governador de quatro anos muito difíceis. O setor privado foi, na minha concepção, muito perseguido e acabou atrapalhando o processo de arrecadação.
Com informações do Jornal de Brasília
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