Deputado Paulo Pimenta critica governo Bolsonaro e chama de ‘loucura’ pedido de prisão contra ex-presidente Dilma
Para o deputado federal e líder do Partido dos Trabalhadores, Paulo Pimenta (RS), todo política do governo de Jair Bolsonaro tem um propósito claro: pagar juros aos acionistas de títulos da dívida pública e fortalecer as camadas mais abastadas da sociedade. “Ele [Bolsonaro] traz um conjunto de propostas que tem como objetivo reduzir a oferta de serviços do Estado nas áreas da saúde, educação, para que então consiga viabilizar mais recursos para pagar juros da dívida, assim como também protege as categorias que tem o maior poder aquisitivo, como o Judiciário, o Ministério Público, os Militares.”
A postura do PT, segundo Pimenta, diante das propostas do governo será de voto contra. Para o deputado, não há nenhuma ligação entre as intenções do governo federal e o seu partido. Em relação, por exemplo, ao “Plano Mais Brasil”, apresentado pelo governo, que é formado por cinco Propostas de Emenda à Constituição (PECs) e um Projeto de Lei, com o intuito de transformar o Estado brasileiro por meio de um novo pacto federativo.
“Vamos trabalhar contra qualquer proposta desse pacote”, assegura Pimenta.
Entre os pontos contemplados no plano está a redução de municípios brasileiros que tenham população inferior a cinco mil habitantes e cuja arrecadação é abaixo de 10% do total ao município limítrofe com o melhor índice de sustentabilidade financeira. “Num estado como o Rio Grande do Sul, ele propõem a extinção de mais de 50% dos municípios do estado”, ressalta Pimenta.
AI-5
O PT e outros partidos de oposição entraram com uma representação criminal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Eduardo Bolsonaro (SP) após o filho do presidente declarar em entrevista que, se a esquerda “radicalizar”, poderia haver um “novo AI-5” no Brasil. Os partidos vão pedir também a cassação de Eduardo no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar.
De acordo com Paulo Pimenta, a atitude do parlamentar foi “um crime contra o país” e ele deve ser responsabilizado por isso, até porque ele jurou, junto à Constituição, manter o decoro parlamentar. “Na medida que ele rasga a Constituição e atenta contra o Estado Democrático de Direito , ele deve ser denunciado e responder por esse crime junto ao Supremo Tribunal Federal.”
Dilma
O parlamentar também comentou sobre a medida da Polícia Federal (PF) que solicitou a prisão da ex-presidente Dilma Rousseff em ação deflagrada nesta manhã, mas teve o pedido negado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin. Por ser chefe da PF, o ministro da Justiça, Sergio Moro, segundo Pimenta, estaria por trás de tal ação. “Uma loucura de autorizar a prisão da ex-presidenta Dilma [Rousseff] num inquérito onde se quer ela é investigada”, defende. Moro nega a interferência.
Conjuntura
O megaleilão de quatro áreas de petróleo na Bacia de Santos (RJ) não teve concorrência, foi dominado pela Petrobras e arrecadou R$ 70 bilhões, cerca de dois terços do total esperado (R$ 106,5 bilhões). Das 14 empresas habilitadas, só sete compareceram. Para analistas do segmento petrolífero, o leilão teria sido um “fracasso”. Assim também vê o deputado Pimenta, que responsabiliza o governo federal como o principal culpado em afugentar os investidores, o que ele chamou de “risco Bolsonaro”. “O investidor internacional sabe que é um governo frágil, que ninguém sabe até onde vai, então eles não querem fazer investimento num cenário como este. Então, é o que eu chamo de risco Bolsonaro é o que provocou essa fuga de interessados nesses leilões do pré-sal.”
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