Em votação, última escola decide por se ‘militarizar’ a partir desta segunda-feira no DF
A quarta e última escola que precisava passar por votação decidiu liberar a gestão militar no Centro Educacional 7 de Ceilândia, no Distrito Federal. A proposta venceu com 58% dos votos nesta quinta-feira (7). A surpresa foi entre os professores: inicialmente resistentes à ideia, 61 dos 99 votaram a favor.
Foram 12 horas de votação, das 8h23 às 20h23. Ao todo, 631 pessoas – pais, alunos e professores – registraram a opinião respondendo sim ou não à “militarização” do CED 7.
Na escola, estudam cerca de 2,5 mil alunos. Foi tentada uma votação na terça (5), mas um tumulto no local acabou adiando a data.
Durante o processo de eleição, foram usadas cédulas de duas cores para facilitar a visualização. “A cédula amarela é a cédula dos professores e funcionários do colégio e a cédula rosa é dos demais, alunos pais e responsáveis”, afirmou o professor Marcus Borsuque.
Cédula de votação no CED 7 de Ceilândia — Foto: Reprodução/TV Globo
No momento da contagem, às 20h30, a comissão de apuração se reuniu na mesma sala onde ocorreu a votação. Para evitar tumulto, porém, todos tiveram que ir para o lado de fora.
Às 21h45, houve um impasse: o número de cédulas era maior do que a quantidade de assinaturas. Por isso, a contagem precisou ser refeita.
O resultado só saiu às 22h30. O efeito disso é que o CED 7 passa a se chamar Colégio da Polícia Militar CED 7. A partir de segunda-feira (11), os militares passarão a integrar a equipe da escola, e os alunos receberão o uniforme novo.
Fachada da escola CED 7 de Ceilândia — Foto: Reprodução/TV Globo
Outras três escolas já tinham aprovado as mudanças: CED 1 da Estrutural, CED 3 de Sobradinho e CED 308 do Recanto das Emas.
Caso o projeto piloto apresente bons resultados nas quatro escolas, a ideia pode ser incorporada em outras 36 escolas do DF.
Discussão durante votação para definir militarização no CED 7 de Ceilândia — Foto: Reprodução/TV Globo
O que muda
- Estudantes deverão usar um uniforme diferente, que será distribuído de forma gratuita.
- Meninos terão que usar cabelo curto; meninas, coque;
- Cada escola vai receber de 20 a 25 militares – PMs ou bombeiros que estão na reserva ou sob restrição médica.
- A gestão vai ser compartilhada: professores, diretores e orientadores vão continuar cuidando da parte pedagógica. Os militares, das atividades burocráticas e da segurança, como controle de entrada e saída, horários e filas;
- Os policiais vão dar aulas, no contra turno, de musicalização, ética e cidadania.
Fonte: G1.