
Motta fala em discutir cortes em emendas parlamentares
Segundo presidente da Câmara, Parlamento tem capacidade de negociar redução dos recursos, como forma de ajuste fiscal
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o Congresso Nacional não teria dificuldades em discutir um corte nas emendas parlamentares como forma de ajuste fiscal. As declarações ocorreram na manhã desta segunda-feira, durante evento sobre o atual cenário político brasileiro, realizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Na ocasião, Motta defendeu as emendas parlamentares como instrumentos de desenvolvimento e afirmou ser favorável à transparência na operação dos recursos. Por outro lado, considerou que o Congresso pode debater os seus cortes, caso outros ajustes também ocorram.
“Não estou aqui dizendo que o Congresso não tem a capacidade de discutir, se for para se fazer um grande ajuste fiscal, se discutir também um corte nas emendas”, declarou. “Agora, não se pode colocar a culpa disso tudo o que o país está vivendo só nas emendas. Eu concordo que, quanto mais transparência a gente trouxer para essa aplicabilidade, mais legitimidade nós vamos ter”, acrescentou.
Na sequência, Motta disse que o Parlamento pode adotar um corte, caso haja contribuição de outras partes. “Um corte de despesas, não tenho dificuldade de dizer que o Congresso discute isso com tranquilidade, porque, se todo mundo der a sua contribuição, por que o Congresso não vai dar? Agora, nós temos que discutir isso com responsabilidade e não tem a menor dificuldade de nós defendermos”, sustentou.
Supersalários
Durante o evento, o presidente da Câmara dedicou trechos do seu discurso para defender a responsabilidade fiscal. Ele disse que tem defendido uma agenda de corte de gastos e de responsabilidade fiscal junto ao governo federal.
De acordo com Motta, a questão da alta dos preços dos alimentos estaria resolvida se o Brasil tivesse feito o que chamou de “dever de casa fiscal”.
“É claro que essa questão dos alimentos tem uma questão de safra no cenário internacional, mas muito se dá também por causa da alta cotação do dólar, que mexe muito na questão dos alimentos. Se nós fizéssemos o dever de casa fiscal, talvez esses problemas todos estivessem mais controlados.”
Entre os temas citados, estava também a necessidade de o Congresso enfrentar a questão dos supersalários. “Esperamos que o Senado possa enfrentar os supersalários como a Câmara”, disse.
Estavam presentes no evento integrantes do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), como os secretários Gilberto Kassab (Relações Institucionais), Samuel Kinoshita (Fazenda) e Guilherme Afif Domingos (Projetos Estratégicos). Também compareceram o líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), e o deputado Danilo Forte (União-CE).
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