Forró do Pôr do Sol comemora dois anos e conquista brasilienses
O Forró do Pôr do Sol — realizado no Eixo Monumental, na Praça do Cruzeiro, onde foi celebrada a primeira missa de Brasília — comemorou, neste domingo (7/7), dois anos de existência. Para os seis organizadores do evento — que o fazem de maneira voluntária e independente —, ele caiu no gosto dos brasilienses, que o divulgam pelas redes sociais e no boca a boca. O sexteto atribui esse apoio ao gosto de muitas pessoas pela música popular brasileira e ao interesse por novos talentos artísticos. A dança foi animada com a banda Ipê Fulô.
Mayk Solar, 27 anos, promotor e mestre de cerimônias do arraial, comentou que o objetivo da festança é ser uma opção de lazer em um espaço acessível. “Hoje, o Forró não é mais o Forró do Pôr do Sol só de Brasília. Ele é conhecido em outros estados. Pessoas até de outros países vêm para conhecer a nossa festa, que dentro deste cenário de forró popular, do forró de rua, é um dos maiores do país”, ressaltou.
A festa começou reunindo cerca de 50 entusiastas. Atualmente, chega a movimentar até 500 visitantes que fecham o fim de semana em grande estilo. “O nosso forró é muito voltado para o forró pé de serra, que tem os seus sub-gêneros, como o baião, o xaxado, e o coco. Ás vezes, colocamos, também, mais misturas, o que depende do ‘cardápio (musical)’ que o nosso DJ, ou que a banda, trouxer”, explicou Solar.
Ponto badalado
Ao som de xote ou xaxado, as duplas que se formaram na pista de dança montada a céu aberto aproveitaram o entardecer para se divertir, a partir das 17h, sempre aos domingos, a cada 15 dias. Muitos participantes chegam de bicicleta, a pé, de carro ou de ônibus. Outros preferem apreciar o forró em cangas estendidas no gramado.
A Praça do Cruzeiro, que reúne food trucks aos fins de semana, está se firmando com atrativo turístico cada vez mais como um atrativo apreciado pelos brasilienses, segundo Solar. “Uma questão importante do Forró é movimentar o turismo, além de ajudar os comerciantes que fornecem alimentação e bebidas. Há todo um movimento natural de contrapartida também, porque é isso: nós trazemos gente, os comerciantes vendem mais, dão apoio para o nosso trabalho, e assim fazemos o evento fluir cada vez mais”, disse o organizador do Forró no Pôr do Sol.
Conquistados
Junia Federman, 40, é natural de Belo Horizonte (MG), mas mora em Brasília há 10 anos. Apaixonada por forró, a mãe de Eduardo, 9, e Rafel, 12, levou os filhos para conhecer a festa da qual ouviu falar por indicação dos amigos. “Todos me diziam para conhecer o Forró no Pôr do Sol porque as músicas são boas, o público é bastante variado e a vista é maravilhosa. A estrutura também é bacana, achei bem organizado”, elogiou. “Comecei a seguir o perfil da festa nas redes sociais para acompanhar a programação e, hoje, até que enfim, deu certo de vir”, disse.
Os alunos da Universidade de Brasília (UnB), Ana Paula Prado Gomes, 25, e Gabriel Taurisano, 22, foram conhecer o arraial por sugestão de dois professores que integram a Ipê Fulô. Garantiram que tiveram uma boa impressão. “A proposta do evento é muito legal, o ambiente é gostoso e as pessoas dançam bem animadas”, comentou Ana Paula.
Ao lado do tablado onde se dá o “arrasta pé”, o vendedor ambulante Adevan Borges, 42, acompanha os dançarinos, sereno. “Eu estou sempre no evento, pego minha carretinha e venho atrás”, contou. Quando não está vendendo refrigerantes e cervejas, Borges também aproveita para dançar um xote. “Quem vem aqui gosta mesmo do forrozinho. É um lugar muito bom, tranquilo para brincar. E também conseguimos fazer um dinheiro para levar para casa”, emendou.
Com informações do Correio Braziliense
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