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Espera sem conforto nos pontos de Ônibus do Distrito Federal

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Moradores de Itapoã, Ceilândia e Sudoeste reclamam das paradas de ônibus, ou da falta delas. Semob alega que tem feito uma série de melhorias e a ampliação dos abrigos no DF

Os brasilienses que usam o transporte público do Distrito Federal têm vivido grandes dilemas com os pontos de ônibus a cada ano. Em muitos locais, não existem abrigos, apenas uma placa fincada no chão informando que ali é uma parada. O Correio ouviu a Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob) e usuários do serviço para descobrir os avanços e os desafios para o setor.

Rosária Silva, 58 anos, moradora do Itapoã, expressa a insatisfação com a falta de infraestrutura em sua área. “É muito ruim pegar ônibus em um local onde não existe parada. Na avenida, não temos nenhuma. Só tem a plaquinha informando que aqui é um ponto. Com a chegada do período chuvoso, isso piora, porque além de ficar em pé, ficamos na chuva”, reclama.

Rosária Silva destaca que muitas vezes os ônibus não param pela falta de sinalização
Rosária Silva destaca que muitas vezes os ônibus não param pela falta de sinalização(foto: Luis Fellype Rodrigues/CB/DA Press)

Bruna Pereira, 29 anos, também moradora da região, compartilha a mesma frustração. “Aqui no Itapoã são poucos os lugares que têm esse privilégio. Na avenida, por exemplo, não temos nenhuma parada. Isso é muito ruim para o trabalhador. Tem dias que estamos cansados e não podemos nos sentar por falta de lugar apropriado. Nas outras cidades, os moradores têm paradas em todos os cantos, mas aqui a realidade é diferente”, enfatiza.

Bruna Pereira se queixa por não haver ao menos um abrigo para se proteger do sol e chuva
Bruna Pereira se queixa por não haver ao menos um abrigo para se proteger do sol e chuva(foto: Luis Fellype Rodrigues/CB/DA Press)

Cristine Almeida, moradora do Pôr do Sol, destaca o estado de sucateamento das paradas em sua região. “Os pontos de ônibus daqui estão em estado precário. A situação está difícil, porque às vezes, depois de um dia de trabalho, precisamos fugir da chuva ou do sol. É urgente que essa questão seja resolvida”, observa.

David Oliveira, estudante da UnB, também aponta os desafios enfrentados por quem utiliza as paradas de ônibus em frente ao Câmpus de Ceilândia. “Essas paradas estão precisando urgentemente de reforma. Quando começar a chover, não vai ter como ficar aqui porque não há cobertura. Já fizemos queixas à ouvidoria do GDF, mas até agora nenhuma providência foi tomada”, declara.

David Oliveira reclama da qualidade do ponto de ônibus a frente do Campus de Ceilândia da UnB
David Oliveira reclama da qualidade do ponto de ônibus a frente do Campus de Ceilândia da UnB(foto: Davi Cruz/CB/DA Press)

Karlene dos Santos, doméstica, observa que apesar de serem criados novos abrigos, a infraestrutura ainda é insuficiente e não comporta todos os trabalhadores. “Esse ponto aqui foi reformado recentemente, mas não cabe todo mundo. No período de chuva, por exemplo, fica todo mundo se molhando. Acho que essa parada deveria ter sido maior e mais planejada.”

Karlene dos Santos trabalha no Sudoeste e já pegou chuva por não ter espaço em parada
Karlene dos Santos já pegou chuva por não ter espaço em parada(foto: Davi Cruz/CB/DA Press)

Melhorias

Segundo a Semob, uma série de melhorias nos abrigos do DF têm sido feitas, buscando oferecer mais conforto e segurança aos passageiros do transporte público. Dados da secretaria apontam que, atualmente, o DF conta com 5.107 paradas. Entre 2019 e 2023, foram construídos 1.251 novos abrigos, e 156 passaram por manutenção.

Só entre os meses de julho e agosto, foram instalados mais de 100 abrigos de ônibus para proporcionar mais conforto para os passageiros que utilizam o transporte coletivo em sete regiões do DF. São 78 do Tipo C (padrão, de concreto) e outros 31 reduzidos — implantados em locais que não comportam as paradas convencionais.

Em 2024, a Secretaria de Transporte e Mobilidade iniciou a construção de abrigos do tipo reduzido. O contrato, ainda em vigor, prevê a construção de 850 unidades, com um investimento total de R$ 10,3 milhões. Do total, 500 paradas devem ser implantadas ainda este ano.

Outro grande investimento está sendo feito na construção de abrigos Tipo C, modelos convencionais de concreto, com um aporte de R$ 56 milhões para a construção de 2 mil unidades em todo o DF. Dessas, 1.070 serão implantadas em novos locais e 930 vão substituir estruturas antigas. 

Até o momento, 27 paradas Tipo C foram instalados em Planaltina, 11 no Park Way, seis no Arapoanga e duas em Ceilândia. Em paralelo, a substituição de paradas antigas também ocorreu: oito em Planaltina, três em Ceilândia e duas no Park Way. Segundo a Semob, a previsão é de que 409 abrigos desse modelo sejam implantados até o fim de 2024.

Além dos dois modelos de abrigos de concreto, a Secretaria de Mobilidade trabalha com dois modelos de metal e fechamento em vidro. Ao todo, são 1.329 abrigos desses materiais, sendo que os 379 modelos reduzidos, chamados Foster, foram implantados em 2022 e 2023. 

A Semob diz que tem realizado manutenções regulares em paradas de concreto. Neste ano, 103 abrigos passaram por reformas, e outros 200 tiveram a limpeza de suas coberturas como medida de combate ao mosquito transmissor da dengue.

A pasta destaca que a população pode solicitar e sugerir a implantação de novos abrigos por meio da Ouvidoria, na plataforma on-line Participa-DF, pelo telefone 162, ou requisitando diretamente nas Administrações Regionais.

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Jornalista

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