Olimpíada de Matemática engaja alunos do CEF 12 de Ceilândia
Iniciativas que estimulam o saber e o desenvolvimento do aluno costumam mexer com as escolas. É o que ocorre com a tradicional Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), que chega à sua 16ª edição em 2020 e começa a movimentar o corpo docente e discente do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 12 de Ceilândia. Lá, os alunos fazem as contas de quantas horas vão ter para se preparar. Afinal, a competição está marcada para 26 de maio (primeira fase) e 26 de setembro (segunda fase).
A Olimpíada é aberta a estudantes da rede pública e particular de ensino, do 6º ao 9º ano do ensino fundamental e todas as séries do ensino médio. Seu objetivo é estimular o estudo da matemática por meio da resolução de problemas a fim de despertar o interesse e a curiosidade de professores e estudantes. No CEF 12, a Olimpíada já colheu frutos e motiva um grupo de alunos a conquistar novamente as diversas premiações, como menção honrosa, medalha e até bolsa de estudo.
Estudante do 9ª ano, Davi Silva de Souza, 14 anos, pode ser considerado um dos vitoriosos da Olimpíada. Ele recebeu medalhas nos três anos em que participou da disputa, em 2017, 2018 e 2019. O bom desempenho também lhe rendeu uma bolsa de estudos na Universidade de Brasília (UnB), onde aprende conceitos avançados de matemática. Em 2020, ele mantém a motivação.
“Tudo que a gente vê tem matemática. Ela existe em tudo e é muito importante. Por ter facilidade comecei a gostar da matéria quando mais novo”, conta Davi, que recebeu o incentivo de familiares para investir nos estudos e também criou gosto pela matemática a partir dos jogos de videogame Minecraft e Fortnite, onde aplica conceitos de forma lúdica.
O conceito de unir videogame com a matemática é abraçado por outros colegas de Davi. É o caso dos alunos Ricardo Rian, 14 anos, do 9º ano; Pedro Henrique, 13 anos, do 9º ano; Eliabe Castro, 13 anos, do 8º ano; e Luis Filipe, 13 anos, do 8º ano. Todos destacam que, além dos livros e vídeos e dos conceitos aprendidos em sala de aula, é importante a ajuda dos games.
Eles já receberam menção honrosa por participações anteriores. Davi e Ricardo Rian foram além: são medalhistas e também conseguiram a bolsa de estudos na UnB. Ponto para os alunos e para o CEF 12. “Gosto das teorias e de lógica. Estudo em sites, também. Para esse ano, na Olimpíada, vou me preparar fazendo muitas provas e assistindo vídeos. Se Deus quiser vou levar o ouro”, aposta Pedro Henrique.
Professor de matemática e diretor do CEF 12, Flávio Silva de Moraes avisa que a escola fará um trabalho especial com os alunos para a primeira fase da competição, com foco nas matérias e questões que podem ser abordadas nas Olimpíadas. Na segunda fase, quando há um filtro na seleção dos alunos, a abordagem e os estudos serão intensificados com o grupo selecionado para a disputa. “É de grande valia esse incentivo para o futuro dos alunos. É gratificante ver os estudantes com carreiras desenvolvidas, bem empregados. Bem não só de profissão, mas de vida”, afirma o diretor.
Embora a Olimpíada exista desde 2005, o CEF 12 iniciou sua participação em 2015. Desde então acumula 55 menções honrosas, 14 medalhas de bronze, duas de prata e uma de ouro.
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