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CPI dos Atos Antidemocráticos: apenas ex-subsecretária deve ser ouvida nesta quinta (9); Anderson Torres recusou

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A CPI dos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), nesta quinta-feira (9), vai ouvir apenas a ex-subsecretária de inteligência da pasta Marília Ferreira Alencar. O depoimento o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres também estava previsto, no entanto, ele conseguiu na Justiça o direito de não participar.

A sessão começa às 9h e vai ser transmitida pelo g1. A expectativa dos parlamentares era o depoimento de Torres, que chefiava a Secretaria de Segurança Pública quando bolsonaristas radicais invadiram às sedes dos três poderes da República, no dia 8 de janeiro.

No entanto, na terça-feira (6), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a ausência do ex-secretário ou que ele fique em silêncio, caso optasse por ir à Casa – o que a defesa de Anderson Torres descartou.

De acordo com a decisão de Moraes, o ex-ministro já está preso desde o dia 14 de janeiro e a lei não permite “conduções coercitivas de investigados ou réus para interrogatórios/depoimentos”.

A justificativa da defesa é que Torres “já se desincumbiu dessa missão quando, por mais de dez horas, prestou depoimento [à PF]”. Além disso, os advogados alegam que o processo não está sob sigilo e que os parlamentares que compõem a CPI podem ter acesso ao material.

Ex-subsecretária deve depor

O depoimento de Marília Ferreira Alencar estava marcado para a semana passada, no entanto, foi adiado. Ela chegou a comparecer à CPI na última quinta (1°), mas os parlamentares ouviram apenas o delegado Fernando de Souza Oliveira, que era secretário interino de Segurança em 8 de janeiro.

Marília, que é delegada da Polícia Federal, já prestou depoimento à corporação porque havia sido nomeada por Torres para ocupar um cargo na pasta. Aos investigadores, ela disse que as polícias Militar e Civil, o Corpo de Bombeiros, o Supremo Tribunal Federal (STF), o Senado e outros órgãos ligados à segurança sabiam sobre a movimentação de bolsonaristas radicais em Brasília antes dos ataques.

Segundo ela, forças de segurança de diversos órgãos participavam de um grupo de Whatsapp onde eram repassadas, desde o dia 6 de janeiro, informações sobre as movimentações dos grupos contrários ao resultado do segundo turno das eleições para a presidência da República.

Calendário de depoimentos agendados para março

  • 9 de março

Marília Ferreira Alencar, ex-subsecretária da inteligência da SSP

  • 16 de março

Jorge Eduardo Naime, coronel da PMDF

Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, coronel da PMDF

  • 23 de março

Júlio de Souza Danilo, ex-secretário da SSP

Jorge Henrique da Silva Pinto, tenente-coronel da PMDF

  • 30 de março

Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da PMDF

 

Com informações do G1-DF

Jornalista

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