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Tarifa de 104% dos EUA sobre produtos chineses e taxas a dezenas de países entram em vigor

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Os Estados Unidos efetivaram as tarifas adicionais de 84% a produtos importados da China, assim como sobretaxas a outras dezenas de países. Elas entraram em vigor pouco depois de 0h01 em Washington (1h no Brasil) desta quarta-feira (9). É uma tentativa do republicano de forçar a retomada da industrialização americana, com a volta de fábricas e empregos ao país, uma estratégia criticada por especialistas.

A taxa que passa a ser aplicada nesta quarta ao país asiático leva em conta a adição de um índice de 50% aos 34% previstos inicialmente na semana passada. Com a alíquota de 20% sobre produtos do país asiático imposta em fevereiro por Trump, todos os bens chineses que forem exportados aos EUA terão tarifa de ao menos 104%.

O prazo estava previsto no decreto assinado por Donald Trump na semana passada, em 2 de abril, data que ele batizou de “Dia da libertação”, que consistiu num tarifaço a todas as nações. O pacote inclui um imposto extra de 10% a bens do Brasil –que entrou em vigor no sábado (5). As tarifas mais elevadas dos EUA foram aplicadas à União Europeia e a outros 56 países, incluindo a China.

Trata-se do movimento mais agressivo de Trump em direção a uma guerra comercial com repercussões globais e que pode prejudicar inclusive a economia americana. Como a Folha mostrou, as famílias norte-americanas devem perder, em média, US$ 3.800 (cerca de R$ 21.900) neste ano como reflexo do aumento de tarifas.

A perda decorrerá de um aumento médio de 2,3% nos preços de produtos tarifados e de demais bens nas cadeias de produção norte-americana. As novas barreiras comerciais, sobretudo contra Vietnã (, Bangladesh e Tailândia, afetam principalmente o setor de vestuário, cujos preços devem subir 17% sob as novas alíquotas.

O modo como as tarifas foram calculadas, com base no déficit comercial registrado pelos EUA com o país e o valor exportado por esse país para o mercado americano, foi criticado e gerou distorções. Lesoto, no sul da África, passará a ser alvo de taxas de 50%, apesar de o país estar entre os mais pobres do mundo. O Camboja pagará 49%, e a União Europeia, 20%.

“A China está pagando uma tarifa de 104%. Pense nisso: 104%. Parece ridículo, mas eles nos cobraram por muitos itens 100%, 125%”, disse. “Muitos países fizeram isso. Eles nos exploraram de todas as formas, mas agora é a nossa vez de explorar.”

Em resposta ao primeiro anúncio de sobretaxa feito por Trump na semana passada, o governo chinês havia anunciado uma retaliação, válida a partir de quinta-feira (10), de 34% sobre as importações americanas. Na madrugada desta terça, Pequim informou que “lutaria até o fim” diante do que chamou de chantagens tarifárias de Trump.

O presidente americano defendeu sua política a uma plateia de aliados dizendo “saber o que está fazendo”, diante de críticas reiteradas às suas tarifas e à desconfiança do próprio Congresso. Parlamentares, inclusive do Partido Republicano, têm falado em aprovar um projeto que daria ao Legislativo a palavra final sobre as tarifas —embora seja de difícil aprovação diante da maioria que Trump têm nas Casas.

O presidente, então, usou o palco para se defender. As sobretaxas, disse Trump, já estariam aumentando o caixa do país e levando mais de 70 países a buscar negociações por acordos comerciais.

“Eu realmente acho que a guerra com o mundo…que não é uma guerra de fato, porque todos estão vindo para cá [negociar]. O Japão está vindo para cá enquanto falamos”, disse Trump.

O presidente americano afirmou que negociadores japoneses estariam em voo para os Estados Unidos nesta quarta. O governo está priorizando a negociação com o Japão, cuja tarifa é de 24%, e a Coreia do Sul, taxada em 25%.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou nesta terça que o governo vai priorizar os aliados nas tratativas.

“E a equipe de comércio os dividirá novamente para fazer acordos comerciais sob medida ao redor do mundo”, disse Leavitt.

Com informações do Jornal de Brasília

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