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Instituto transforma vidas na Cidade Estrutural por meio da música

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O Instituto Reciclando Sons atua há mais de duas décadas na Estrutural e já beneficiou oito mil crianças e adolescentes da região. Entidade precisa de doação de alimentos e de dinheiro para obter a escritura do imóvel onde fica a sede

 (crédito: Instituto Reciclando Sons/Divulgação)

(crédito: Instituto Reciclando Sons/Divulgação)

Há 21 anos, o Instituto Reciclando Sons leva educação musical para crianças e adolescentes filhos dos catadores da Cidade Estrutural. De lá para cá, a organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) percebeu que os desafios são maiores do que apenas aquele foco que, até hoje é carro chefe da iniciativa. Com o tempo, o instituto se viu na missão de proporcionar transformações ainda mais profundas em uma das áreas mais pobres do Distrito Federal.

Hoje, o Reciclando Sons soma mais de oito mil crianças e adolescentes assistidos pelo programa. Por ano, 200 são atendidos diretamente com cursos de canto coral, instrumentos de cordas friccionadas, teclado e musicalização infantil. Os grupos concluintes desses cursos, chamados de vitrines, formam corais e orquestras que se apresentam dentro e fora do Distrito Federal. “Já trabalhamos junto ao maestro e pianista João Carlos Martins”, lembra com orgulho a maestrina Rejane. O instituto também oferece capacitação na área de produção, o que amplia ainda mais as possibilidades no mercado cultural.

Selena Nascimento, 38 anos, entrou no projeto em 2005. Começou como estudante de música e hoje é cantora lírica e colaboradora da instituição, na parte administrativa. Ela conta que, no começo, não havia perspectivas de futuro para a população da Estrutural. “O Lixão (aterro sanitário) era a única possibilidade. Foi a partir do Reciclando Sons que tive a chance de construir a base de tudo que sou hoje”, emociona-se.

Como muitas outras famílias, a dela veio para o DF em busca de melhores condições de vida na capital. O pai era catador de recicláveis do lixão, de onde era tirado o sustento dela e dos nove irmãos. “O sonho do meu pai era que os filhos fizessem música. Quatro de nós, incluindo a mim, vivemos o sonho do meu pai graças ao Instituto Reciclando Sons”, recorda.

A Cidade Estrutural de duas décadas atrás não é a mesma dos tempos atuais, mas alguns problemas sérios ainda persistem para os moradores. “Por mais que tenha melhorado, ainda há muitas carências na cidade, sobretudo na cultura, e o instituto atua exatamente nessa área; é o ponto forte para quem participa dele”, completa.

Atendimento integral

Como Selma comenta, a comunidade da Estrutural melhorou de vida desde a chegada do instituto à região. Porém os desafios continuam enormes e o Reciclando Sons atua em várias frentes. Durante a imposição das medidas de restrição ocasionadas pela pandemia, muita gente perdeu a fonte de renda. A fome cresceu na região. Foi quando o instituto intensificou a arrecadação de alimentos para mais de mil famílias carentes da cidade. Em 2022, por exemplo, foram arrecadadas 14 toneladas de alimentos para a causa.

Também são ofertados os cursos de inclusão digital, atualmente imprescindível para o mercado de trabalho, e o de panificação e confeitaria, destinado às mães da comunidade, que chefiam a maioria das famílias sondadas pelo Reciclando Sons. “Além de oferecer uma opção de fonte de renda, as mães também passaram a produzir alimentos para as crianças e adolescentes assistidos pelo instituto”, detalha Rejane Pacheco. Apresentações musicais, festas, palestras e encaminhamentos para o sistema de proteção social são outras funções desempenhadas pelo projeto.

O próximo e fundamental passo ambicionado pela idealizadora é a obtenção da escritura definitiva do imóvel onde fica a sede do projeto, conquistado por meio de vaquinha, em 2017. “Existe a possibilidade de conseguirmos a concessão do direito de uso, mas o que queremos mesmo é a compra diferenciada, tanto no valor total quanto nas parcelas que vamos pagar. Isso só é possível mediante uma boa quantia de entrada”, explica.

Com o objetivo de concretizar a meta, a campanha de arrecadação de dinheiro continua nas redes sociais do Instituto Reciclando Sonhos, bem como a de alimentos. Mais informações pelo perfil @institutoreciclandosons no Instagram. No canal do YouTube também é possível acompanhar o trabalho desempenhado pela instituição na comunidade.

Fonte: Correio Braziliense

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Jornalista

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